Como a tensão de trabalho do capacitor é 200V ele vai aguentar.
E se a rede estiver com 220V, qual será a tensão sobre C1?
Neste caso teremos 310V de pico, mas o capacitor só aguenta 200V. O que você acha que vai acontecer?
Agora, passemos para a figura à direita quando estamos no semiciclo negativo da rede.
Repare que agora C2 se carrega com a polaridade mostrada, enquanto C1 mantém a carga do semiciclo anterior.
Assim, a tensão entre o terminal positivo de C1 e o negativo de C2 será aproximadamente igual a 180V + 180V = 360V, se a rede for 127V. Este circuito funciona como um dobrador de tensão e a “ponte retificadora” não funciona como ponte.
Passemos a condição da chave CH1 aberta que corresponde a rede de 220V.
Neste caso, agora sim, a ponte retificadora funciona como ponte e como os dois capacitores estão em série podemos aplicar 310V entre o terminal positivo de C1 e o negativo de C2, ficando cada capacitor com a metade da tensão entre os seus terminais, ou seja, 155V eles vão suportar “numa boa”.
Percebeu por que este circuito é ruim? Qualquer bobeada com a “maldita” chave CH1 e você poderá virar um terrorista, explodidor de fontes de PC!
Tem mais e muito mais, como dizem nas propagandas da tv.
Suponha que a sua rede elétrica está um pouquinho “forte” e entregando 140V em vez do valor “oficial” que é 127V. Neste caso, o pico vai para 197V e os capacitores irão trabalhar no limite mesmo com a chave fechada.
Com a chave CH1 aberta – 220V
Acompanhe a fig.3. Neste caso a ponte retificadora “assume” definitivamente a função de ponte, C1 fica em série com C2 (a capacitância total cai para metade).
A tensão entre o ponto A e o ponto B será 310V no pico e cada capacitor recebe metade, ou seja, 155V. Isso, supondo que os dois capacitores estão exatamente com a mesma capacitância o que nem sempre é verdade. Se um deles diminuir de capacitância ele ficará com uma tensão maior entre seus terminais (isso mesmo, MAIOR) e o outro como uma tensão menor (isso mesmo MENOR).