Todavia, neste estudo abordaremos a “corrente elétrica senoidal” da rede elétrica, fornecida pelas concessionárias de energia elétrica.
Na prática, dizemos apenas “corrente alternada”, omitindo-se, por simplificação, o termo senoidal, e é sobre ele que pretendemos começar nossa conversa antes, porém, uma observação.
Para início de conversa, a rigor, deveríamos falar tensão alternada (senoidal) e não, corrente alternada.
Isto porque as concessionárias de energia elétrica produzem e fornecem tensão ou, mais precisamente, força eletromotriz (f.e.m). A corrente só passará a existir quando uma carga for ligada à tensão fornecida.
Então, o que estaremos a medir “na tomada” será uma tensão alternada e não uma corrente alternada.
Alguém, bastante detalhista, poderia argumentar que ao “espetarmos” as ponteiras do voltímetro na tomada passamos a ter uma corrente passando por ele, caso contrário, não haveria como medir.
Temos que concordar que isto é um fato, mas a nossa proposta aqui, neste ponto, é mais uma questão de aspecto semântico do que elétrico, ou seja, usar as palavras corretas para cada caso.
Queremos distinguir o joio do trigo, ou melhor, distinguir, claramente, tensão de corrente e, postas estas questões semânticas, como foi dito, sigamos em frente.
- Como se produz uma tensão alternada senoidal
De maneira bem simplificada podemos definir, a princípio, tensão alternada como qualquer f.e.m que apresente inversão de polaridade nos terminais do gerador.
A tensão fornecida pelas concessionárias de energia elétrica, ou seja, a senoidal, é apenas um caso particular de tensão alternada e sobre a qual trataremos neste artigo.
O que estamos a querer dizer é que uma onda quadrada, por exemplo, como a que vemos na fig.2, também é uma tensão alternada, pois apresenta uma inversão de polaridade, embora não seja senoidal.