Manual das Antenas para Radioamadores e Radiocidadãos – Parte II

Ressonância, reatância, impedância e resistência

As antenas, de qualquer tipo, são influenciadas por essas grandezas elétricas. O assunto é bem complexo e, para quem quiser se aprofundar, aconselho adquirir o ARRL Antenna Book. Podemos resumir as grandezas, todas inter-relacionadas e interdependentes entre si.

Ressonância é quando a antena tem o comprimento exato e funciona na frequência para a qual foi dimensionada. A impedância é aquela que se espera para a qual o sinal de RF flua sem restrições para o éter e é medida em ohms (Ω). Por exemplo, se sua antena foi dimensionada para 7.100 KHz, ela não irá funcionar bem em 8.000khz. Haverá ondas estacionárias, ou RF, voltando pelo cabo para o rádio. A impedância, neste caso, também será diferente quando a antena é usada em frequência para a qual não foi cortada, aparecendo outras grandezas complexas, como a reatância, podendo ser indutiva ou capacitiva.  Exemplo:  R 50 +j123.  R é a parte resistiva medida em ohms.  O símbolo “+”j  indica  reatância indutiva. Se o sinal fosse “-”, seria reatância capacitiva.

Outra característica das antenas é que elas podem ser alimentadas por tensão ou corrente. No caso do dipolo alimentado no centro, dizemos que a alimentação é em corrente e, no caso de ser na extremidade, a alimentação é em tensão. Veja o gráfico abaixo. A propósito, não fique com a cara colada numa antena, quando alguém transmite!  Pode haver queimaduras por RF. Hoje no Brasil existem normas de segurança a este respeito.

A senoide representa uma onda completa

*Ademir Freitas Machado – PT9-HP

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