Dicas e Diagramas – XII

Em certos transformadores de F.I., o uso de chaves metálicas pode quebrar os núcleos de material ferromagnético. Em transformadores de F.I. com capacitores ajustáveis tipo “padder”, o uso de chave metálica pode provocar curto-circuito no estágio. Como se sabe, os circuitos L-C das bobinas de F.I. trabalham no potencial de +B, ou seja, tensão elevada: se a chave de fenda encostar na armadura do capacitor causará um curto capaz de danificar a bobina e até a válvula.

Em caso de receptor com o estágio de F.I. inoperante, desconfie de soldas defeituosas, núcleo quebrado ou de curto-circuito no capacitor de ajuste. O capacitor pode ter sido danificado por oxidação ou pode ter sido curto-circuitado pelo próprio parafuso de ajuste (v. Figura 7).

Outro problema que ocorre em bobinas de F.I. antigas é a perda de rendimento por ação do mofo e da umidade. A sulfatação ou a corrosão do fio Litz no terminal de soldagem também é ocorrência comum. A corrosão muitas vezes é decorrente de pastas ácidas usadas antigamente, nas fábricas, para facilitar a soldagem do fio tipo Litz. Não faz muito tempo, publicamos informações sobre como trabalhar com fio Litz e como podem ser reparadas ligações defeituosas feitas com esse condutor, sem precisar remover espiras da bobina:

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Figura 8. Uma limpeza incorreta do fio Litz na fábrica da bobina de F.I. resultou em soldagem deficiente. Consequência: ruídos tipo “fritura” no sinal, terminando por tornar o transformador de F.I. completamente inoperante, com o passar do tempo.

Uma dica aos reparadores: ao corrigir falhas em transformadores de F.I., aproveite para medir a resistividade e a indutância das bobinas e anotar os dados sobre as suas características, como diâmetro e espessura do enrolamento e também a separação entre os indutores. Geralmente as bobinas de F.I. possuem indutâncias idênticas no primário e secundário.

+5

-1