A primeira válvula tipo grade de quadro foi feita pela Siemens & Halske, em 1952, aproveitando o conhecimento acumulado na fabricação de válvulas para cabos submarinos. As válvulas entraram em obsolescência em 1980. Não deixa de ser interessante que agora, mais de meio século depois, no surgimento da retrônica, as válvulas estejam retornando com um novo esplendor, sendo muito procuradas ─ e até mais valorizadas que antigamente.
Resolvendo problemas nas bobinas de F.I.
Já enfatizamos, em edições anteriores de “Dicas e Diagramas”,que não se deve bulir nos ajustes dos circuitos sintonizados de receptores antigos ─ salvo que se dominem as técnicas de calibração. Em muitos receptores antigos não basta saber fazer “calibração de ouvido”. Há muitos modelos de rádios antigos valvulados, principalmente os europeus como Telefunken e Philips, que necessitam de polarização fixa na grade, através da ligação de uma pilha de 1,5 ou 3 V, geralmente nas válvulas tipo AF3, no circuito do controle automático de ganho/amplificador de F.I., para evitar leituras falsas por ação do C.A.G. do receptor. Sem desativar o C.A.G. um sinal de grande amplitude poderá causar sobrecarga nos circuitos sintonizados e originar, por exemplo, instabilidades, fenômeno da dupla sintonia ou outros problemas.
Se o receptor antigo possuía C.A.G. muitos fabricantes recomendavam simplesmente eliminar a sua atuação durante o procedimento de calibração. Tentar a calibração sem conhecimento e com o C.A.G. funcionando, poderá fazer que o marinheiro de primeira viagem embarque numa montanha russa. Muitos são os reparadores iniciantes, induzidos em erro, pelo fato de o sinal daí manter-se constante ou falsear os ajustes, dando a impressão que os “parafusos dos compensadores ou os núcleos das bobinas não atuam” ou que atuam erraticamente. Em certos circuitos de receptores valvulados antigos, principalmente europeus, o procedimento de calibração exige também que se coloquem em curto alguns filtros de RF, durante o processo de realinhamento, para que os ajustes não sejam falseados.
A regra de ouro é: providencie e siga rigorosamente as instruções de calibração que estão na documentação de serviço do aparelho. É indispensável estudar, sempre, os manuais técnicos dos equipamentos. Hoje em dia, com a Internet e com acervos de manuais como os do colega João Rubens Mano, o Manorc (manorc1@manorc.com.br ou WhatsApp 051 99731 1158), não há justificativa ─ a não ser preguiça e inaptidão ─ para aventurar-se, às escuras, em mexer em circuitos valvulados antigos, sem conhecimento, sem os esquemas e sem as recomendações técnicas originais dos fabricantes. Insistir no contrário será prenúncio de desastre no equipamento, que poderá ganhar uma viagem acelerada, só de ida, para o cemitério eletrônico.
muito bom estes artigos de antenas e díodo parabéns 👏👏
Grato, colega Ajor Machado! Fique em contato: esperamos poder contar sempre com o colega entre os leitores de Antenna. Abraço.