Houve também algumas empresas, antigamente, que atuavam na recuperação de válvulas de potência (transmissão). Era um serviço praticamente artesanal: substituíam o calefator, eliminavam algum eventual curto-circuito entre os elementos, o conjunto era ligado a uma bomba de alto vácuo para a retirada do ar no interior e a soldagem da ampola de vidro era procedida por maçaricos a gás.
A marca Ibrape, algumas vezes, é confundida com a de um outro fabricante de válvulas que também existiu no Brasil, a Ivape, Indústria de Válvulas Pecunha, fundada em São Paulo. A Ivape iniciou a produção de válvulas termiônicas depois da Ibrape. Sua linha de fabricação, adquirida da filial da ITT no Brasil, foi principalmente de válvulas de potência de RF, inclusive em cerâmica. Depois a empresa mudou de ramo: passou a fabricar máquinas e equipamentos para a indústria têxtil. Além da fabricação de válvulas, a Ivape atuou como distribuidora, no Brasil, dos sistemas de transmissão de rádio da empresa suíça Brown, Boveri & Co.
Figura 7. Arthur R. B. Wehnelt: um físico, nascido no Brasil, ocupa posição destacada na história da evolução das válvulas termiônicas.
O que pouca gente sabe é que um brasileiro teve um importante papel no desenvolvimento das válvulas termiônicas: Arthur R. B. Wehnelt. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1871. Seu pai era um engenheiro naval alemão que veio ao Brasil para a ajudar na indústria e nos sistemas de navegação.
Arthur foi mandado para estudar Física na Universidade de Berlim e, em seguida, em Erlangen, na Baviera. No seu doutorado, pesquisou e escreveu um trabalho que desencadearia uma revolução na fabricação de válvulas: “On the emission of negative ions from glowing metal compounds” (“Sobre a emissão de íons negativos de compostos metálicos incandescentes”).
Saudoso bigodudo PYAFA. e inesquecível revista Antenna.
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É um prazer reencontrá-lo, amigo Liege Melo, agora nas páginas “virtuais” de Antenna. Mantenha contato! Forte 73! ─ (Dante, PY3ET).