Ou ainda
Observe que quando trabalhamos com a relação de tensões o fator que aparece antes do logaritmo será 20 e não 10 como na relação de entre potências, então precisaremos fazer alterações na nossa tabela 1.
| E2/E1 | dB |
| 1 | 0 |
| 1,12 | +1 |
| 1,26 | +2 |
| 1,41 | +3 |
| 1,58 | +4 |
| 1,78 | +5 |
| 2 | +6 |
| 3,16 | +10 |
| 10 | +20 |
| 100 = 102 | +40 |
| 1000 = 103 | +60 |
| 10.000 = 1054 | +80 |
Tabela 2 – Relação entre tensões em decibel
Voltando a provinha para técnico de áudio
Suponhamos que em vez de saber qual seria o ganho de potência correspondente a +42dB o examinador perguntasse qual seria a atenuação de tensão correspondente a -46dB. A primeira coisa a observar é que -46dB = (-40db) + (-6dB).
Como estamos trabalhando com relações de tensões precisamos utilizar a tabela 2 onde temos +40dB corresponde a 100 vezes e +6dB corresponde a 2 vezes, logo +46dB será 100 x 2 = 200 vezes.
Entretanto, o sinal negativo indica que se trata de atenuação e, portanto, teremos Eout = Ein ÷ 200.
Por exemplo, se aplicarmos 200mV na entrada de um amplificador cuja atenuação é de 46dB a saída será 1mV.
Outros “tipos” de decibel
A ideia básica do decibel como uma unidade relativa para expressar ganhos e atenuações de potência e tensão surgida lá em 1924 na Bell Telephone System foi ganhando outras aplicações não apenas para a telefonia, mas para o áudio e novos padrões foram surgindo como dBm e dBu.
Surgiu também o uso do decibel para expressar níveis sonoros. Esta é a parte da “sobremesa” que vai ficar para edição de janeiro de 2024.
Muito boa matéria, Professor Paulo. Eu ainda me “embanano” com logaritimo, decibeis… e entra com esclarecimento. O Sr. colocou 10000×1,58=158.000, mas é 15.800, não?
Por aqui entra outra confusão, que é uso da vírgula e ponto na separação de casas decimais… coisas de americano. Há quem goste, eu sempre morro na dúvida. 🙂
Um abraço,
Obrigado
Prezado Claudio,
Se há uma coisa que me deixa feliz é quando um leitor ou aluno pega um destes meus “deslizes”.
Sinal que está lendo com atenção.
O Marcelo já corrigiu meu “engano” Afinal, professor não erra, se engana. rsrsrs
Quanto ao ponto que vira virgula e vice versa sugiro a leitura deste meu e-book. É 0800!
https://www.paulobrites.com.br/simplificando-as-contas-com-notacao-cientiifica/
Grande abraço e até sempre!
Fosse na década de 1970 o Gilberto iria publicar um “gato” na edição seguinte; aposto que iria se chamar “gato decibélico”.
Hoje bastam alguns minutos no computador e está devidamente corrigido! Feliz 2024 para todos nós.