O que temos neste caso não é a unidade de uma grandeza física, como um comprimento que expressamos em metro ou uma corrente que expressamos em ampère, para citar, apenas, dois exemplos e sim, a relação entre duas grandezas físicas iguais.
Entretanto, para que o valor obtido pelo resultado de dez vezes o logaritmo da relação entre duas potências não ficasse apenas como um número sem nenhuma ligação com a sua origem, resolveu-se expressá-lo em decibel e você já ter desconfiado de onde vem o “deci” e o “bel”.
Seu desconfiômetro não funcionou?
Ora bolas, o “bel” é uma justa homenagem a Alexander Graham Bell, o inventor do telefone e “deci” significa décima parte.
Para simplificar a vida, costuma-se escrever dB quando falamos em decibel.
Qual a vantagem de usar decibel?
O decibel foi criado originalmente com uma unidade que relaciona o logaritmo da relação entre duas potências, ou seja, o logaritmo do ganho ou da atenuação de potência.
E daí?
Daí que, por ser uma unidade expressa através do logaritmo, poderá usar as propriedades desta “ferramenta matemática” que “transforma” multiplicação em adição e divisão em subtração.
Vamos a um exemplo, para clarear as ideias.
Suponhamos que a potência P de um amplificador (não importa quantos watts estava fornecendo) tenha sido dobrada, o seja, passou de P para 2P.
Então, se quisermos expressar este “aumento”, isto é, este ganho em decibel podemos escrever 10 log (2P ÷ P) = 10log2.
Com auxílio de qualquer calculadora cientifica descobrimos que log2 0,3 portanto, teremos 10 x 0,3 = 3dB.
Conclusão, quando dobramos a potência aumentamos 3dB.
Muito boa matéria, Professor Paulo. Eu ainda me “embanano” com logaritimo, decibeis… e entra com esclarecimento. O Sr. colocou 10000×1,58=158.000, mas é 15.800, não?
Por aqui entra outra confusão, que é uso da vírgula e ponto na separação de casas decimais… coisas de americano. Há quem goste, eu sempre morro na dúvida. 🙂
Um abraço,
Obrigado
Prezado Claudio,
Se há uma coisa que me deixa feliz é quando um leitor ou aluno pega um destes meus “deslizes”.
Sinal que está lendo com atenção.
O Marcelo já corrigiu meu “engano” Afinal, professor não erra, se engana. rsrsrs
Quanto ao ponto que vira virgula e vice versa sugiro a leitura deste meu e-book. É 0800!
https://www.paulobrites.com.br/simplificando-as-contas-com-notacao-cientiifica/
Grande abraço e até sempre!
Fosse na década de 1970 o Gilberto iria publicar um “gato” na edição seguinte; aposto que iria se chamar “gato decibélico”.
Hoje bastam alguns minutos no computador e está devidamente corrigido! Feliz 2024 para todos nós.