Podemos ver que o amplificador entrega o que promete, em termos de potência (pelo datasheet, 300W em 8Ω). A regulação da Fontinha mostrou-se adequada para 8Ω e permitiu uma boa potência em 4Ω, mais que 500W antes do ceifamento. Um equipamento estereofônico com duas dessas fontes entregaria com facilidade 1kW em modo ponte ou em modo estéreo. Precisaria de ventilação forçada ou de dissipadores bem maiores que o utilizado neste protótipo, entretanto.
Resposta em frequência a 1Vrms/8Ω
Resposta extensa, bastante plana e próxima do informado pela RCA (-0,3dB a 10Hz e -3dB a 90kHz). O desvio de fase está próximo do informado também. De qualquer forma, a resposta é mais que adequada para reprodução em alta fidelidade de conteúdos musicais e eu desconfio que o valor do indutor L1 que confeccionei é um pouco maior do que os 4µH do projeto original, o que poderia explicar a diferença.
O fator de amortecimento foi de aproximadamente 280 a 10Vrms/8Ω, o que é muito bom e superior ao informado pela RCA.
O “slew rate” foi de aproximadamente 29V/µs, um pouco inferior ao divulgado, mas, mesmo assim, muito bom e mais do que suficiente para boas audições.
Passamos então à medição da distorção harmônica e da distorção por intermodulação. Neste caso, além de medirmos pontos específicos, a 1kHz, levantamos também a curva de distorção harmônica em função da frequência e da potência, para comparação com os valores divulgados pela RCA.
Interessante, aguardando próximos projetos, obrigado, certamente tem bem mais qualidade que muitos vendidos no MercadoLivre, fico com uma dúvida em relação à amplificadores AB nos dias atuais, sua usabilidade ainda é viável? digo em termos de consumo, pois geralmente quem ouve potências acima dos 200w já optam por classe D, até em potências menores, vide essas caixas Xingue Lingue e afins que vendem como água no mercado e esse mesmo mercado está a cada dia mais restringindo os amplificadores à essa classe que, mesmo sendo relativamente bons (em alguns casos), ainda perdem em termos de qualidade para o AB, mas parece que o povo de hoje em dia quer é barulho mesmo (Vide qualidade das músicas atuais, salvo exceções).
Eu mesmo não consegui ainda me adaptar aos classe D, sinto um incômodo danado com os sons gerados por eles, muito grave e agudos estranhos e incômodos pra mim, ainda possuo meu velho e querido Sistema 3 em 1 gradiente s95, mesmo tentando outros sistemas mais atuais, sempre retorno pra ele.
Fiquei tentado a construir esse amplificador, mas acho que irei optar pelo “superHiend” do artigo anterior. Abraços.
De fato, Fábio, hoje, os classe D estão dominando o mercado. Não creio que você consiga perceber diferenças audíveis entre um bom classe D e um bom classe B, se não souber qual é qual. Entretanto, os amplificadores como o deste projeto, mas de menor potência, podem apresentar resultados excelentes, com baixo custo. Um exemplo é este aqui: https://revistaantenna.com.br/construa-um-amplificador-em-classe-a-para-algo-mais/ que pode ser ajustado para trabalhar em classe B. Na segunda parte do artigo eu mostro as medidas nesta classe, para comparar com ele mesmo, trabalhando em classe A. A montagem é bem simples e ele é, com certeza, bem superior a muitos dos kits ditos “Hiend” que são vendidos por aí. Por outro lado, compare com os classe B do mercado este amplificador em classe D: https://purifi-audio.com/eigentakt/ A tecnologia de audio avança, e melhora a cada dia, mas, concordo com você, o que a grande midia disponibiliza como “música”, hoje em dia, no Brasil, nem o sistema de som mais sofisticado do mundo ajuda a tornar palatável… abraço e boa sorte nos seus projetos.