Construa o Ultrarraiende – Parte III

Marcelo Yared*

Nesta última parte do artigo sobre o “Ultrarraiende” iremos descrever a montagem e apresentar os resultados das medições efetuadas no protótipo.

A placa impressa foi produzida conforme o modelo apresentado na primeira parte do artigo e funcionou corretamente.

Os transistores de saída foram montados em duas barras de 5mm de espessura, de alumínio, e estas foram firmemente aparafusadas no dissipador principal. Para esta função, utilizamos nosso fiel dissipador Brasele, já citado em outras montagens, mas, como no “Superraiende”, um exaustor foi acoplado a ele para os testes em regime contínuo. 

A corrente de repouso, inicialmente, foi ajustada para termos 50mV sobre os resistores e, após alguns minutos energizado, sem sinal, verificamos as temperaturas nos transistores. Nos de saída, são 80 watts de dissipação total, o que faz o dissipador ficar quente em repouso. Nos MJ15032, Q8 e Q9, o dissipador que utilizamos se mostrou efetivo, mas com a temperatura final um pouco mais elevada do que achamos adequado. Os transistores MJE340 e MJE350, Q6 e Q7, por trabalharem com polarização fixa, se aqueceram bastante em repouso, e, assim, resolvi dobrar a altura do dissipador utilizado neles, com resultados satisfatórios.

*Engenheiro Eletricista

2 comentários sobre “Construa o Ultrarraiende – Parte III

  1. Fabio19 de fevereiro de 2023 às 6:52 PMResponder

    Interessante, aguardando próximos projetos, obrigado, certamente tem bem mais qualidade que muitos vendidos no MercadoLivre, fico com uma dúvida em relação à amplificadores AB nos dias atuais, sua usabilidade ainda é viável? digo em termos de consumo, pois geralmente quem ouve potências acima dos 200w já optam por classe D, até em potências menores, vide essas caixas Xingue Lingue e afins que vendem como água no mercado e esse mesmo mercado está a cada dia mais restringindo os amplificadores à essa classe que, mesmo sendo relativamente bons (em alguns casos), ainda perdem em termos de qualidade para o AB, mas parece que o povo de hoje em dia quer é barulho mesmo (Vide qualidade das músicas atuais, salvo exceções).
    Eu mesmo não consegui ainda me adaptar aos classe D, sinto um incômodo danado com os sons gerados por eles, muito grave e agudos estranhos e incômodos pra mim, ainda possuo meu velho e querido Sistema 3 em 1 gradiente s95, mesmo tentando outros sistemas mais atuais, sempre retorno pra ele.
    Fiquei tentado a construir esse amplificador, mas acho que irei optar pelo “superHiend” do artigo anterior. Abraços.

    1. Antenna20 de fevereiro de 2023 às 9:29 AMResponder

      De fato, Fábio, hoje, os classe D estão dominando o mercado. Não creio que você consiga perceber diferenças audíveis entre um bom classe D e um bom classe B, se não souber qual é qual. Entretanto, os amplificadores como o deste projeto, mas de menor potência, podem apresentar resultados excelentes, com baixo custo. Um exemplo é este aqui: https://revistaantenna.com.br/construa-um-amplificador-em-classe-a-para-algo-mais/ que pode ser ajustado para trabalhar em classe B. Na segunda parte do artigo eu mostro as medidas nesta classe, para comparar com ele mesmo, trabalhando em classe A. A montagem é bem simples e ele é, com certeza, bem superior a muitos dos kits ditos “Hiend” que são vendidos por aí. Por outro lado, compare com os classe B do mercado este amplificador em classe D: https://purifi-audio.com/eigentakt/ A tecnologia de audio avança, e melhora a cada dia, mas, concordo com você, o que a grande midia disponibiliza como “música”, hoje em dia, no Brasil, nem o sistema de som mais sofisticado do mundo ajuda a tornar palatável… abraço e boa sorte nos seus projetos.

Deixe um comentário