Essas especificações diferem no formato em relação às publicadas na primeira parte deste artigo, mas são essencialmente as mesmas, apenas mais completas, com as curvas de distorção e de resposta em frequência originalmente publicadas pela RCA nas primeiras edições de seus databooks.
Medições em bancada
Montamos o Ultrarraiende na bancada com um exaustor de boa capacidade (na verdade, nosso exaustor de fumaça de solda) e com a Fontinha fornecendo sua alimentação. Os cabos de conexão devem ser os mais curtos possíveis e de boa bitola.
Com a montagem toda aberta, sem blindagens, é esperada uma degradação nos parâmetros objetivos do conjunto, particularmente em relação ao zumbido e ao ruído.
Nesta etapa, energizamos o amplificador com um Variac e uma lâmpada em série, de 40W, que acendeu com bastante brilho. Algumas medições e análises mostraram que estava tudo bem, e que a carga da fonte junto com o Ultrarraiende, em repouso, exigiam mesmo muita corrente da rede elétrica.
Energizamos, então, o conjunto, sem a lâmpada série, com a tensão de entrada de 220VCA, obtendo aproximadamente 82VCC simétricos na saída da fonte. Tudo OK, mas, neste ponto, verificamos que Q6, Q7, Q8 e Q9 se aqueciam bastante.
Resolvemos, então, dobrar a altura dos dissipadores dos dois primeiros e colocar os dois últimos no mesmo dissipador dos transistores de saída, apenas por descargo de consciência.
Interessante, aguardando próximos projetos, obrigado, certamente tem bem mais qualidade que muitos vendidos no MercadoLivre, fico com uma dúvida em relação à amplificadores AB nos dias atuais, sua usabilidade ainda é viável? digo em termos de consumo, pois geralmente quem ouve potências acima dos 200w já optam por classe D, até em potências menores, vide essas caixas Xingue Lingue e afins que vendem como água no mercado e esse mesmo mercado está a cada dia mais restringindo os amplificadores à essa classe que, mesmo sendo relativamente bons (em alguns casos), ainda perdem em termos de qualidade para o AB, mas parece que o povo de hoje em dia quer é barulho mesmo (Vide qualidade das músicas atuais, salvo exceções).
Eu mesmo não consegui ainda me adaptar aos classe D, sinto um incômodo danado com os sons gerados por eles, muito grave e agudos estranhos e incômodos pra mim, ainda possuo meu velho e querido Sistema 3 em 1 gradiente s95, mesmo tentando outros sistemas mais atuais, sempre retorno pra ele.
Fiquei tentado a construir esse amplificador, mas acho que irei optar pelo “superHiend” do artigo anterior. Abraços.
De fato, Fábio, hoje, os classe D estão dominando o mercado. Não creio que você consiga perceber diferenças audíveis entre um bom classe D e um bom classe B, se não souber qual é qual. Entretanto, os amplificadores como o deste projeto, mas de menor potência, podem apresentar resultados excelentes, com baixo custo. Um exemplo é este aqui: https://revistaantenna.com.br/construa-um-amplificador-em-classe-a-para-algo-mais/ que pode ser ajustado para trabalhar em classe B. Na segunda parte do artigo eu mostro as medidas nesta classe, para comparar com ele mesmo, trabalhando em classe A. A montagem é bem simples e ele é, com certeza, bem superior a muitos dos kits ditos “Hiend” que são vendidos por aí. Por outro lado, compare com os classe B do mercado este amplificador em classe D: https://purifi-audio.com/eigentakt/ A tecnologia de audio avança, e melhora a cada dia, mas, concordo com você, o que a grande midia disponibiliza como “música”, hoje em dia, no Brasil, nem o sistema de som mais sofisticado do mundo ajuda a tornar palatável… abraço e boa sorte nos seus projetos.