Quando o leitor observar nos vídeos e gráficos de amplificadores publicados no Youtube ou nas redes sociais, especialmente os vendidos na forma de “kits”, ou mesmo placas nuas, valores elevados dessas harmônicas em relação ao sinal de saída, ou mesmo em sem sinal, tenha em mente que, muito provavelmente, as ligações de aterramento, e/ou o leiaute da placa impressa do amplificador não estão corretamente executadas. Neste caso, o desempenho global do amplificador sofrerá e, no mais das vezes, a propaganda do termo “Hiend” estará comprometida e não representará a realidade.
Em nosso caso, todas elas estão bem além de -120dB da frequência fundamental do sinal que está sendo amplificado, o que indica uma ótima performance nesse quesito.
Isso decorre, também, da correta implementação das trilhas de aterramento de sinal e de alimentação no leiaute da placa impressa do Ultrarraiende, bem como da ligação adequada à fonte, conforme a figura abaixo.
Sugestão de ligações da fonte de alimentação ao amplificador de potência.
A ligação foi feita conforme acima, e, além de minimizar a interferência da fonte no amplificador, ainda permite melhor performance em termos de distorção harmônica, conforme pode ser visto em “Audio Power Amplifier Design”, de Douglas Self, em sua sexta edição, particularmente às páginas 619 a 645 e 288. É uma leitura mais que recomendada para quem projeta e monta amplificadores de áudio.
Como regra geral, procure sempre isolar os caminhos e trilhas de terra de sinal, separando o terra da carga (falante), o terra de sinal de baixo nível, tipicamente da entrada e do elo de realimentação e o terra geral dos capacitores de filtro e fontes internas do circuito do amplificador. Com essas providências, não somente o zumbido, mas também os ruídos e as distorção serão reduzidos.
Interessante, aguardando próximos projetos, obrigado, certamente tem bem mais qualidade que muitos vendidos no MercadoLivre, fico com uma dúvida em relação à amplificadores AB nos dias atuais, sua usabilidade ainda é viável? digo em termos de consumo, pois geralmente quem ouve potências acima dos 200w já optam por classe D, até em potências menores, vide essas caixas Xingue Lingue e afins que vendem como água no mercado e esse mesmo mercado está a cada dia mais restringindo os amplificadores à essa classe que, mesmo sendo relativamente bons (em alguns casos), ainda perdem em termos de qualidade para o AB, mas parece que o povo de hoje em dia quer é barulho mesmo (Vide qualidade das músicas atuais, salvo exceções).
Eu mesmo não consegui ainda me adaptar aos classe D, sinto um incômodo danado com os sons gerados por eles, muito grave e agudos estranhos e incômodos pra mim, ainda possuo meu velho e querido Sistema 3 em 1 gradiente s95, mesmo tentando outros sistemas mais atuais, sempre retorno pra ele.
Fiquei tentado a construir esse amplificador, mas acho que irei optar pelo “superHiend” do artigo anterior. Abraços.
De fato, Fábio, hoje, os classe D estão dominando o mercado. Não creio que você consiga perceber diferenças audíveis entre um bom classe D e um bom classe B, se não souber qual é qual. Entretanto, os amplificadores como o deste projeto, mas de menor potência, podem apresentar resultados excelentes, com baixo custo. Um exemplo é este aqui: https://revistaantenna.com.br/construa-um-amplificador-em-classe-a-para-algo-mais/ que pode ser ajustado para trabalhar em classe B. Na segunda parte do artigo eu mostro as medidas nesta classe, para comparar com ele mesmo, trabalhando em classe A. A montagem é bem simples e ele é, com certeza, bem superior a muitos dos kits ditos “Hiend” que são vendidos por aí. Por outro lado, compare com os classe B do mercado este amplificador em classe D: https://purifi-audio.com/eigentakt/ A tecnologia de audio avança, e melhora a cada dia, mas, concordo com você, o que a grande midia disponibiliza como “música”, hoje em dia, no Brasil, nem o sistema de som mais sofisticado do mundo ajuda a tornar palatável… abraço e boa sorte nos seus projetos.