Capacitores: Pior Ainda É Quando O Vinho É “Fajuto”…

Marcelo Yared*

O Dante Efrom, em seu excelente artigo, anterior a este,  sobre os problemas que podemos ter com capacitores antigos, aborda de forma muito boa um assunto que é, de há muito, um dos “calos” de nossa profissão: qualidade, vida útil e uso adequado de capacitores eletrolíticos …

De fato, capacitores eletrolíticos podem ser verdadeiras dores de cabeça quando há problemas de qualidade.

Mas, na época do domínio das válvulas termiônicas, com certeza havia problemas de qualidade, e algumas marcas deviam, como hoje, ser superiores a outras neste quesito.

Hoje em dia, porém, temos um problema tão sério quanto o envelhecimento de capacitores, que é a falsificação.

Em um artigo nosso, do mês de novembro de 2023, abordamos o uso de eletrolíticos em fontes de amplificadores de áudio modernos, com dicas e tabelas para sua escolha, conforme a necessidade.

Então, preparando uma restauração de um equipamento da década de 1970, me deparei com a necessidade de adquirir esses componentes para a fonte de alimentação.

Trata-se de unidades de 10mF (10.000µF) com 100V de isolamento. Da mesma forma que no projeto da fonte do “Ultraraiende”, publicado anteriormente em Antenna on-line, a fonte original utilizava esse valor de tensão de isolamento.

No comércio nacional, esses capacitores, com conectores por parafuso, são volumosos e caríssimos. Naquele caso, optei por utilizar unidades de 6800µF/100V, bem mais em conta, com conectores para soldagem em placa (“snap-in”).

Tive que voltar à pesquisa de preços, pois queria manter os componentes com seus valores originais, e os capacitores “snap-in” de 10.000µF estavam até com preços melhores, ainda que caros.

A oferta deles não é muito grande, e no comércio local não havia. Na Internet encontrei alguns no ML.

*Engenheiro Eletricista

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