E aí fica simples o cálculo de R, que seria a resistência de entrada de nosso circuito; é, simplesmente, a associação em paralelo de R3 e R4:
R=(R3*R4)/(R3+R4) ≈ 9,2kΩ
Agora sabemos o valor de R e F (5Hz) para nosso circuito, então:
C=1/(2*π*9,2kΩ*5Hz) ≈ 3,5µF
Que podemos aproximar para 3,3µF, o valor comercial mais próximo.
Mas, se não quisermos que esse capacitor adicione constante de tempo significativas em nosso circuito, como visto no primeiro artigo dessa série, devemos fazer FL bem menor, ou Ci bem maior, então podemos multiplicar o valor encontrado por 10, por exemplo, e colocar um capacitor de 33µF ali.
O cálculo não é complicado, e, ele funciona, também, para outros tipos de entrada de sinal, com os devidos cuidados.
Para quem quiser entender de forma mais completa o comportamento desses circuitos, inclusive, com o tratamento para pequenos sinais e em altas frequências, a Ref. 1 é indicada.
Abaixo, temos figuras da Ref. 2 para outros tipos de entrada de sinal, que, comumente, utilizam amplificadores operacionais.
Neste caso, o estágio é não inversor, e o cálculo de FL é idêntico ao do exemplo anterior. Um capacitor colocado em série com R2 limitará, também, a resposta em baixas frequências.