Calculando Circuitos Integradores e Diferenciadores**

Todavia, se Rs < R/10, podemos desprezá-la no cálculo de C, pois não terá influência sensível no resultado final. Ora, como em nosso exemplo R = 100 Ω e o R escolhido foi de 8,2 kΩ, temos 8.200/10 = 820 e, portanto, Rs < R/10 (100 < 820).

Neste caso, vamos desprezar Rs no cálculo de C, e teremos:

C = T/R = 5 . 10-2/8,2 . 103 = 6,1 μF

Se o valor de C encontrado no cálculo não for um valor padronizado, devemos utilizar sempre um valor maior. Assim, adotaremos C = 10μF e ficaremos com o circuito da Fig. 4.

UM POUCO DE TEORIA

O circuito diferenciador pode ser encarado como um filtro passa-altas, pois, à medida que a frequência aumenta, a reatância de C diminui, tendo-se, então, um nível maior de sinal sobre o resistor que está na saída.

A nossa finalidade com o diferenciador é obter pulsos a partir de uma onda quadrada (se aplicarmos uma onda dente-de-serra, obteremos uma onda quadrada na saída).

Analisemos um pouco mais detidamente o funcionamento de um diferenciador com ondas quadradas aplicadas à sua entrada.

Para conseguirmos pulsos de curta duração, devemos diminuir a constante de tempo do circuito, a fim de que o capacitor se descarregue rapidamente sobre R.

Esta é a razão de fazermos RC = t/100. Assim, quanto menor o produto RC (constante de tempo) em relação ao período da onda aplicada, melhor. Mas não exageremos, pois, caso contrário, obteremos pulsos de amplitude muito pequena.

Por outro lado, quanto maior a constante de tempo, pior será a forma dos pulsos obtidos.

No caso do circuito integrador, a forma de onda de saída está sobre o capacitor. Portanto, se aproveitarmos a região linear da curva de carga do capacitor, teremos uma dente-de-serra (onda triangular)

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