Caixas Acústicas e Alto-Falantes – II

Vimos como o alinhamento pode alterar consideravelmente a resposta de uma caixa acústica, mas existe no mercado uma categoria de caixas para embutir em teto, ou em paredes, cuja grande maioria não possui um gabinete fechado e sim somente uma tela frontal onde os alto-falantes são montados, e é aberta atrás.

O leitor deve estar se perguntando: elas funcionam direito sem ter um gabinete? A resposta é sim, desde que ela seja instalada no teto de forma que o som gerado pela parte traseira seja dissipado totalmente dentro da parede ou do teto e não haja vazamento sonoro para a parte frontal. Neste caso, essas arandelas são utilizadas no alinhamento do tipo defletor infinito, visto acima, desde que a parte posterior tenha um volume de ar considerável. Nesse alinhamento, os alto-falantes não se beneficiam do efeito de “freio” proporcionado pela suspensão acústica, e devem ter sua potência limitada para não sofrerem danos por sobre excursão, assim, não se deve esperar um desempenho igual a uma caixa alinhada corretamente em suspensão acústica ou bass-reflex, mas o resultado é aceitável.

O que não se pode esperar de uma caixa de teto é que ela reproduza graves profundos, se ela não tiver um gabinete e sintonia adequados, e também que o local onde ela esteja instalada (gesso ou dry-wall, por exemplo) não vibre. A vibração e a necessidade de alto-falantes múltiplos para limitar a sobre excursão em arandelas abertas são os dois principais problemas existentes que limitam o volume e a qualidade dos graves que se pode obter com esse conceito.

Estes são os motivos pelos quais os subwoofers não são instalados em teto e continuarão sendo utilizados como unidades separadas em um sistema de Home-theater.

Neste mês ficamos por aqui. Até o mês que vem!

Um comentário sobre “Caixas Acústicas e Alto-Falantes – II”

  1. Fernando Kosin16 de agosto de 2021 às 12:43 AMResponder

    Parabéns pelo texto. Me senti com 20 anos, devorando as revistas da época!

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