Caixas Acústicas e Alto-Falantes – II

João Yazbek*

Na coluna do mês passado introduzimos nosso novo tema e demos uma pincelada nos itens que pretendemos abordar. O assunto é bastante extenso, e, logicamente, devemos escolher por onde começar a abordagem. 

Nada mais lógico que começar falando um pouco sobre os alto-falantes, pois são eles os elementos principais das caixas acústicas.

A função do alto-falante é transformar o sinal elétrico que ele recebe em um movimento de ar que corresponde à onda sonora. Existem três tipos de alto-falantes no mercado. São eles: o alto-falante dinâmico, o alto-falante tipo ribbon e o tipo eletrostático.

A esmagadora maioria dos produtos existentes no mercado de áudio utiliza o tipo dinâmico, que é o alto-falante tradicional que estamos acostumados a ver. Ele é composto por um cone (cujo formato varia do tipo tradicional a domos, domos invertidos e suas variantes), que no centro possui uma bobina que se movimenta dentro de um ímã permanente, quando a bobina é atravessada pelo sinal de áudio.

Sua enorme popularidade é dada pelas seguintes características básicas: dinâmica extensa, sensibilidade elevada, capacidade de absorver potências elevadas, conceito e montagem bastante simples, impedância cujo valor é facilmente gerenciável pelos modernos amplificadores transistorizados e o preço baixo. Esses alto-falantes são produzidos aos milhões e seu custo é baixo. Essa combinação de fatores, com o preço sendo o item mais importante, faz com que a tecnologia dominante seja o tipo dinâmico.

Mas como nem tudo é perfeito, eles têm limitações de resposta em frequência dada pelo seu tamanho. Uma caixa acústica que tenha como objetivo uma reprodução de qualidade usualmente possui uma combinação de alto-falantes dinâmicos de diversos tamanhos para conseguir responder desde os graves mais baixos até o extremo agudo do espectro de frequências audíveis.

Essa combinação de dois ou três alto-falantes no mesmo gabinete é bastante conhecida do público. Utiliza-se um woofer, um alto-falante de maior tamanho, com cone geralmente feito de papelão, plástico, como o polipropileno ou kevlar (e mais uma infinidade de variantes menos comuns), para reproduzir os sons graves. Um tweeter, que é um alto-falante pequeno, usualmente com seu cone em formato de domo, e geralmente feito de seda ou de um metal como alumínio, titânio e similares, é utilizado para reproduzir as frequências médias e agudas.

*Mestre em Engenharia Eletrônica

Um comentário sobre “Caixas Acústicas e Alto-Falantes – II”

  1. Fernando Kosin16 de agosto de 2021 às 12:43 AMResponder

    Parabéns pelo texto. Me senti com 20 anos, devorando as revistas da época!

Deixe um comentário