Em caixas mais sofisticadas utiliza-se um terceiro alto-falante para a reprodução dos sons médios, como a voz humana, de tamanho intermediário e com cones que podem ser tradicionais ou domo e materiais dos mais diversos como seda, papelão ou kevlar.
Com essas soluções, entram em cena os divisores de frequência passivos, que fazem com que cada alto-falante receba somente o sinal que consegue reproduzir adequadamente.
Já os alto-falantes planares, do tipo ribbon (ou fita), são menos conhecidos do grande público, apesar de, nos últimos anos, alguns produtos bastante acessíveis terem sido lançados no mercado utilizando essa tecnologia em seus tweeters. A grande vantagem dos ribbons é o baixo peso de sua fita, que se traduz em uma capacidade de responder a transitórios de forma mais rápida que os tradicionais alto-falantes de cone.
Isso porque um alto-falante ribbon é feito basicamente por uma tira de matéria condutora fina e leve que é imersa em um conjunto de ímãs e nessa fita circula o sinal elétrico que produz o som. A capacidade de reproduzir som de forma extremamente clara e com detalhes dos transitórios musicais extremamente definidos faz com que o ribbon tweeter seja um produto que está atraindo cada vez mais usuários, conforme produtos mais acessíveis chegam ao mercado.
Mas as desvantagens deles são significativas: além do custo maior, eles são pouco sensíveis e têm impedância extremamente baixa, de forma que para serem utilizados com os amplificadores tradicionais é necessário adaptar um transformador para aumentar a impedância da caixa para algo próximo aos quatro ou oito ohms comuns dos alto-falantes dinâmicos tradicionais.
Além disso, há a questão da reprodução dos graves, muitas vezes não tão satisfatória como aquela dos falantes dinâmicos. Dessa limitação surgiram as caixas acústicas híbridas, que utilizam um woofer tradicional dinâmico para a reprodução dos graves e ribbons para as frequências médias e agudas ou somente para as agudas. A maioria das caixas acústicas no mercado que utilizam ribbon lançam mão dessa combinação híbrida, que proporciona uma performance muito interessante.
O alto-falante eletrostático já é mais difícil de ser visto do que os ribbons. Ele utiliza uma folha de material isolante como o mylar (um tipo de plástico) para gerar o som. Essa folha fica suspensa entre dois elementos chamados de estatores, e é energizada com alta tensão. O sinal de áudio percorre os estatores. A interação entre o campo eletrostático gerado pelo estator e o campo fixo gerado pela membrana isolante faz essa última vibrar e produz som.
Parabéns pelo texto. Me senti com 20 anos, devorando as revistas da época!