ANTENNA – Uma História – Capítulo XXI

Jaime Gonçalves de Moraes Filho*

 Rodas

Apesar de as lutas e as partidas de futebol terem despertado a atenção dos ouvintes do Rádio Club do Brasil, as disputas  nas corridas de automóveis pouco a pouco foram ganhando mais admiradores.

A solução foi criar uma equipe de jornalistas específica para esta finalidade.

A experiência adquirida com as transmissões externas fez com que os dirigentes do Rádio Club do Brasil demonstrassem interesse em irradiar o III Grande Prêmio da Cidade do Rio de Janeiro, no Circuito da Gávea, em 2 de junho de 1935.

 Graças à intervenção do Dr. Carlos Guinle e do Sr. Augusto de Miranda, foi concedida a exclusividade da transmissão ao Rádio Club do Brasil, o que se justificava não só pelo fato de ter obtido grande sucesso nas transmissões anteriores, mas também por ser a PRA-3 a emissora que reunia as  melhores condições técnicas para tal feito.

Fazia parte do contrato organizar uma cadeia de  emissoras do interior, tendo participado mais de 20 estações, além de colocar postos de observação em todo o circuito.

A campanha contra a exclusividade dada a Rádio Club, liderada por Ary Barroso, foi intensa. Contudo, o contrato foi mantido e a transmissão constituiu um grande sucesso de audiência.

Para a transmissão dos sinais, foi erguida uma torre com mais de 10 metros de altura, que sofreu um inexplicável princípio de incêndio, na véspera da corrida automobilística.

Felizmente, os danos puderam ser reparados a tempo.

* Professor de Física e Engenheiro de Eletrônica

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