O conjunto é muito bonito e de porte que impressiona, com bom design e acabamento em alumínio escovado. Foram incorporadas inovações tecnológicas que, à época, com as restrições às importações, eram novidade em nosso país, tais como a tração direta no toca-discos.
Esta unidade foi por mim adquirida para o fim específico de restauração, necessitando de refazimento de sua serigrafia do painel frontal e das suas caixas de transformadores e capacitores de filtro.
Todas as chaves e conectores, à exceção de um borne de ligação de alto-falantes, com a cabeça plástica quebrada, estavam em boas condições e necessitaram apenas de limpeza e de lubrificação.
Vemos uma montagem razoavelmente organizada, mas que nesta unidade já passou por alguma manutenção e estava com a fiação desarrumada, com a utilização de componentes de qualidade, próprios para um equipamento robusto. Digno de nota é observar que foi o primeiro amplificador de potência que analisei que apresentava toda a construção em PCIs de fibra de vidro.
Todos os capacitores eletrolíticos tiveram que ser substituídos. O amplificador aparentava ter sido bastante utilizado em níveis elevados de potência, o que degrada, normalmente, tais componentes e torna sua substituição obrigatória para o correto funcionamento dos circuitos.
Salve Yared!!!
Como sempre conteúdo excelente, embasado em análises bem esclarecedoras.
No manual do PM fala de um filtro na entrada com o intuito de cortar os subgraves.abaizo de 8/10 hz. Seria. os capacitores de 470k?
Poderiam ser bypassados?
abs e parabéns pela revista.
Prezado Fernando, olhando rapidamente o esquema, e desprezando-se o efeito do resistor R303/4, no modo estéreo os capacitores que você citou (C303/4 e C301/2) fariam parte de um filtro passa-altas com corte em aproximadamente 10Hz. Você não pode retirá-los, pois eles têm outra função no circuito. Mas, como regra simples, se você quiser cortar pela metade essa frequência de corte, dobre-os em valor, se quiser dobrá-la, corte-os pela metade. Não conselho mudar muito seus valores, entretanto. Lembre-se do sensato ditado americano: “Se não está estragado, não conserte”. Forte abraço e obrigado!