Seu painel dianteiro é bonito e funcional. Além do já citado mixer, disponibiliza controles de graves, médios e agudos, seleção para dois pares de sonofletores, saída para fones, filtros, monitor para dois tape-decks e atenuador (mute).
O também bonito VU de led oferece duas sensibilidades (0dB e -20dB), com marcações em dB e potência, para 8Ω de carga nominal.
O painel traseiro é bem projetado, com as conexões dispostas em blocos, de forma racional.
Observa-se que o chassis do aparelho é o mesmo do ampliceptor Model 1450, lançado antes, de forma que a Gradiente “sacrificou” uma entrada de alto nível para dar lugar à segunda entrada de fonocaptor (phono II), assim, o equipamento não tem entrada auxiliar, o que não é grande problema, pois dispõe de duas entradas para gravadores e uma para sintonizador.
O fusível geral de proteção é interno, o que, em se tratando de aparelhos residenciais, é até mais seguro, e o módulo de potência pode ser separado do pré-amplificador; uma funcionalidade interessante. Três tomadas de energia, sendo uma comutada pelo amplificador, e o conjunto de conectores de pressão para os sonofletores complementam o conjunto.
Quanto a estes últimos, a Gradiente sempre utilizou bornes de rosquear compatíveis com pinos “banana”, que, emho, são muito melhores do que os conectores de pressão, e, nesta linha, começou a usar bornes de rosquear pequenos, como o do terminal de aterramento, mas, após uma gritaria, patrocinada pelos analistas de Antenna, diga-se de passagem, passou a usar os conectores que podem ser vistos na foto acima.
De experiência própria, digo que são frágeis e propensos a problemas, se forem muito manipulados; para conectar umas poucas vezes, e se esquecer deles, servem bem à sua função, para cabos de bitola pequena.
Prezado Marcelo, gostei muito da sua publicação a respeito do lendário M360 da Gradiente, onde foram mostrados os testes e algumas características técnicas deste que foi um ícone nos anos 80. Hoje me encontro diante da restauração de um exemplar, fazendo recap geral, limpeza, enfim, para deixá-lo próximo do seu original. Estou substituindo os transistores de saída pelos MJ, conforme sugerido, mas me deparei com um problema: estou com dois transistores queimados e não encontro nem algum equivalente, são os 2SA818Y e 2SC1628Y.
Você teria alguma informação a respeito, de equivalências que posso encontrar no mercado? Agradeço muito a sua ajuda e, mais uma vez, parabenizo-o pela publicação.
Obrigado Marcos, quanto às equivalências, o par BF460/BF463 é indicado como substituto, com a devida atenção à disposição dos pinos, ok? Um par fácil de encontrar, que pode ser usado, emho, seria os MJE15032/MJE15033. Abraço e boa sorte em sua jornada.
Obrigado pelo retorno. Vou providenciar a busca logo. Abraço.
Caro Marcelo, por incrível que pareça depois de tantas décadas esta é a primeira vez que vejo um M360 numa bancada de teste !!
Fiquei muito curioso em ver seus números, pois sou dono de um comprado em jan/81 (cariiiinho !!) e não largo dele de jeito nenhum, gosto muito deste aparelho, e por isso a curiosidade.
Não vou entrar em detalhes do restante dos equipamentos no qual ele estava ligado (mudei de residência e não tenho ainda um lugar definido), só sei que eu sempre gostei de “som de qualidade” (não em quantidade) por isso que gosto tanto dele.
Desde então a única vez que fiz uma manutenção (preventiva) foi a substituição dos Capacitores Eletrolíticos da fonte de alimentação.
Exceto isso, nunca foi necessário alguma intervenção nele, provando a qualidade e robustez do projeto.
Quando possível tenho o intuito de substituir a maior parte dos Cap. Eletrônicos e alterar o valor do Filtro de Baixo para Subsonico, além de trocar os Bornes de Saída por Pinos.
Você teria alguma sugestão de melhoria ?
Uma dúvida sobre o teste, talvez eu não tenha percebido, mas os testes foram feitos usando-se a fonte do aparelho ou uma externa estabilizada ?
Parabéns pelo trabalho de Restauro e Avaliações.
Obrigado, Pedro,
A substituição dos eletrolíticos é algo importante nesses amplificadores mais antigos.
O Model 360 é um equipamento muito bom, e complexo. Vale a pena mantê-lo bem e atualizado.
As medições que faço utilizam a própria fonte do equipamento, com um Variac para mantê-la na tensão nominal indicada no manual, a qualquer nível de potência.
A troca de todos os eletrolíticos nele não será fácil, pois a montagem é complexa e não muito amigável para manutenção, entretanto, é recomendável.
Apenas como sugestão, verifique o esquema dele e troque, primeiro, os capacitores que estão ligados nas linhas de alimentação e fazem filtragem adicional; muitas vezes eles não estão na placa principal da fonte, mas podem estar sujeitos às mesmas condições dos filtros principais. Outros que, com certeza, sofrem, são os eletrolíticos dos módulos de potência, e esses são mais fáceis de se substituir no equipamento.
Forte abraço e boa sorte na restauração. Eu faria exatamente o que você se propõe a fazer.