Paulo Brites*
Parte I
Continuando a minha série NÃO JOQUE NO LIXO, este mês vou começar a mostrar como construir uma fonte de bancada com uma fonte ATX.
O leitor poderá argumentar que este não é um assunto inédito e que a Internet está cheia de vídeos sobre ele.
Concordo, mas minha proposta não é dar uma “receita de bolo” e mostrar apenas como fazer as modificações necessárias para se conseguir as principais tensões que se usam numa bancada, a partir de uma fonte ATX “abandonada” e evitar que, um dia, ela vá parar no fundo de um rio.
Pretendo dar algumas dicas que considero importantes e, em geral, não são analisadas nos vídeos do Youtube.
Escolhendo a fonte para ser “franquestenizada”
O primeiro passo é escolher a “melhor” fonte ATX para ser “franquestenizada” e aproveitada como uma fonte para a bancada do técnico, seja ele reparador ou hobista. O ideal seria começar por analisar as especificações de corrente para cada tensão que aparece na etiqueta da fonte.
Sim, isto seria o ideal, se pudéssemos acreditar que o que fabricante escreveu ali é verdade. Na maioria das vezes tem algumas “pegadinhas”, para não dizer mentirinhas, no que está escrito ali.
Então, eu começo a analisar se vale a penas usar uma determinada fonte para o “projeto” lembrando de um sabonete da minha infância: – vale quanto pesa!
Embora, fontes não sejam sabonetes e “peso não seja documento”, eu já descarto aquelas fontes “levíssimas” porque, neste caso, não devemos “fazer regime” de calorias, ou melhor, de ampères e watts.
*Professor de Matemática e Técnico em Eletrônica