Paulo Brites*
Dando continuidade à seção de flashbacks que iniciei na edição de fevereiro/2021, este mês, falarei do meu primeiro VOM de verdade, do qual nunca esqueci, e nem poderia, porque ainda o tenho por aqui em funcionamento.
Para os “não iniciados” a sigla VOM significa Volt-Ohm-Miliammeter que é a forma como nos referíamos antigamente aos multímetros analógicos ou, “no popular”, os multímetros de ponteiro.
Só como registro, vale mencionar que os atuais multímetros digitais ou Digital VoltMeter são conhecidos como DVM.
Depois do meu “voltímetro quebra galho” com lâmpada neon, que publiquei em fevereiro/2021, veio a maletinha do Instituto Monitor com a qual eu já podia realizar medidas de tensões com mais acurácia e, também, correntes e resistências.
Entretanto, meu sonho de consumo era conseguir comprar um daqueles VOM de verdade que eu via anunciados nas páginas da Revista Antenna e que ficava “namorando” nas vitrines das lojas de Eletrônica aqui no Rio. Finalmente, lá pelo ano de 1967, o namoro virou casamento que dura até hoje. Comprei o Sanwa 320X.
Eu queria um Simpson 260, mas isso era coisa para príncipe e eu era um reles plebeu (ainda sou).
Antes de comprar o VOM e enquanto juntava o dinheiro que, para mim, era uma pequena fortuna, eu ia estudando detalhadamente as características de cada um.
Talvez o que encantasse muita gente fosse a escala ôhmica de 100MΩ que poucos possuíam.
Mas, nas aulas do Instituto Monitor eu tinha aprendido uma coisa fundamental nas medições de tensão e denominada kΩ/V (quilo ohms por volt). Os VOMs mais baratos eram 20kΩ/V, enquanto os tops de linha, como o Sanwa 320X, Simpson 260 e outros, eram 50kΩ/V.
*Professor de Matemática e Técnico em Eletrônica
O gosto por multimetro analogico é grande por tanto eu tenho 3 sanwa