Na edição de agosto/2022, tratamos da medição do valor RMS de tensões alternadas senoidais e demonstramos que os multímetros, sejam eles analógicos ou digitais, na verdade medem o valor médio de uma retificação de onda completa, ou seja, uma tensão DC, e nos mostram o resultado como valor RMS, graças a algumas continhas que foram tratadas no artigo citado.
Se você está chegando agora e não leu aquele artigo recomendamos que o faça para, perdoem o trocadilho, não levar um “choque” de realidade.
Posto isso, vale enfatizar que o “valor RMS” mostrado por tais voltímetros poderá estar muito próximo do valor “verdadeiro” e, até porque não dizer, “aceitável” se a tensão que estivermos a medir for uma onda senoidal “imaculada” tal como as fornecidas, em geral, pelas concessionárias de energia elétrica, ou seja, quase igual àquelas que aparecem por aí desenhadas nos livros.
Ora pois, então, o que eles medem seria uma “fake” tensão RMS para usar um termo da moda?
Não exatamente.
Como foi dito, se for uma senoide “bacana”, pode-se aceitar que o resultado apresentado nas escalas dos voltímetros “comuns” é um “FATO”.
E se a tensão “senoidal” não for tão bem-comportada assim como, por exemplo, a entregue nas tomadas da maioria dos nobreaks ou na carga de um dimmer?
Bem, neste caso, a coisa pode mudar de “figura”, literalmente, e um voltímetro TRUE RMS passa a ser necessário, se quisermos obter um valor RMS verdadeiro.
Antes de prosseguirmos, vamos dar uma olhadinha na fig.1 onde temos o circuito de um dimmer para lâmpadas incandescentes
* Professor de Matemática e Técnico em Eletrônica