Em outras palavras, o 7106 vai medir os milivolts que aparecerão sobre R3 e o valor indicado “corresponderá” ao hFE.
Mas essa “mágica” vai funcionar com qualquer transistor? Tem alguns truques que o mágico não faz porque sabe que, na hora H, nenhum coelho vai sair da cartola e os “us” das vaias irão substituir os “ós” da surpresa.
No caso dos DMM, os fabricantes sabem que não vai dar para medir o hFE de um transistor de potência usando uma corrente de base de 10µA para excitar estes transistores.
A saída (ou esperteza), é colocar um soquete no qual não seja possível encaixar transistores “grandões” e não se fala no assunto. Simples assim!
Entenderam a razão do meu ceticismo em relação a esta funcionalidade oferecida nos multímetros digitais “x-tudo”?
Então a função hFE nos DMM’s não serve para nada?
Calma aí, eu não disse isso. Não ponha palavras na minha boca. O que eu mostrei e provei é que a medida de hFE nos DMM’s fica restrita a transistores “pequenos”, praticamente os de encapsulamento TO-92, por exemplo.
E qual o interesse em medir o hFE?
Falando sob o ponto de vista da reparação, a meu ver, o interesse seria poder selecionar pares casados de transistores e, neste caso, interessa saber apenas os valores relativos do hFE.
Digo isso porque encontraremos valores de hFE diferentes para um mesmo transistor quando medido em outros DMM’s que utilizem outras configurações do circuito.
Em resumo, sabendo usar e interpretar os resultados, a funcionalidade pode ter alguma serventia, mas não coloque a mão no fogo pelo resultado encontrado, porque você poderá se queimar.
Como dizem os comerciais, use com moderação e, se os sintomas persistirem, procure um médico ou, neste caso, um medidor de hFE “verdadeiro”.