Paulo Brites*
Enquanto trabalho em “novos episódios” para a “segunda temporada” da série Não Jogue no Lixo e concluo as aulas do meu Curso Descomplicando o Osciloscópio com Paulo Brites, resolvi, para passar o tempo, escrever sobre alguns assuntos que a minha experiência profissional e o contato com os técnicos, nos últimos mais de 20 anos, têm me mostrado que fazem parte daquelas dúvidas que muita gente que lida com a Eletrônica ainda guarda escondida em suas mentes.
E, diga-se de passagem, não são apenas os iniciantes.
O título deste artigo pode parecer teórico mas, ao longo dele, irei provar que é muito mais prático do que você pode imaginar.
Aliás, gosto sempre de lembrar uma fase atribuída a James Watt, “aquele cara” que dá o nome à unidade de potência – Nada é mais prático que uma boa teoria.
Então, continua comigo e, ao final da leitura, me diga se você se surpreendeu ou não. Esperarei, ansiosamente, nos comentários.
Destrinchando a sopa de letrinhas
Gosto sempre de começar pelo começo, ou seja, pelos “alicerces’, que é a melhor maneira de se construir uma casa, seja ela para morar ou abrigar o conhecimento.
Nas siglas hfe ou hFE a letra h vem da palavra híbrido que constitui um conjunto de parâmetros dos transistores chamados de parâmetros híbridos.
Não irei me aprofundar neste tema, por enquanto basta saber de onde veio o “h” e estamos conversados.
Em seguida vem o “f” e o “e” que andam sempre juntos, ora como “fe” (minúsculo) ora como “FE” (maiúsculo).
Você certamente já viu o “grandão” (hFE) nos multímetros digitais que tem esta funcionalidade agregada.
*Professor de Matemática e Técnico em Eletrônica