João Yazbek*
Conforme vimos anteriormente, as conexões S/PDIF, Toslink e AES/EBU apresentam limitações, dadas pelas características do sinal transmitido, que não possui uma referência de tempo enviada simultaneamente aos dados.
Inicialmente, os produtos que dispunham dessas conexões sofreram com essas limitações e, com o passar do tempo, a tecnologia evoluiu.
Hoje, depois de muitos anos de desenvolvimento, surgiram opções para a redução dos efeitos audíveis. Existem soluções amplamente utilizadas, como os circuitos com PLL (um tipo de base de tempo autoajustável), circuitos de ressincronização da base de tempo, “upsamplers” e assim por diante.
Uma discussão mais profunda dessas técnicas foge um pouco do conteúdo deste artigo, mas, se houver interesse, voltaremos ao assunto mais à frente.
Vamos voltar agora à conexão USB. Hoje em dia existem milhares de produtos que reproduzem áudio via USB. Praticamente todos os periféricos de um PC são conectados por USB, de mouses e teclados a drives externos, pen-drives e assim por diante, tornando-a onipresente em nosso dia-a-dia. Ela é tão popular que portas RS-232 e Centronics para conexão de dispositivos há muito desapareceram do hardware dos PC´s.
No caso do áudio via USB, há um padrão de áudio digital usado em PC’s e em todos os “gadgets” que tem a função de reproduzir áudio, como por exemplo, reprodutores de MP3. Por meio dessa conexão padronizada podemos plugar um player portátil a um pré-amplificador ou receiver de Home-Theater.
*Mestre em Engenharia Eletrônica