Uma questão de eletricidade básica de concurso público mal elaborada

Bingo! Então, foi isso que o examinador “pensou” e a resposta é a opção A.

Fui olhar o gabarito e lá aparece como opção D (325mA).

A questão 46 pede a queda de tensão entre A e B, ou seja, sobre o resistor R2 de 5Ω.

Nos meus cálculos temos I2 = 150mA e, portanto VAB = 5 x 150mA = 0,750V. Opção B.

Ufa! Essa confere com o gabarito.

Finalmente, a questão 47 pede a potência dissipada em R3.

Para calcular esta potência podemos fazer R3 x (I1)2.

Sabemos que I1 = IAD – I2 = 175mA –150mA = 25mA, o que nos dará a potência P igual a  10 x (25.10-3)2 = 6,25mW.

Pelo gabarito é a opção D = 625mW. Passou perto, só faltou colocar uma vírgula entre o 6 e o 25!

São Tomé quer ver para crer

Embora eu tivesse encontrado o valor da corrente na trilha AD que correspondia a uma das opções da questão 45 eu queria provar que o problema proposto está mal formulado e que na prática, usando um miliamperímetro “de verdade” o valor obtido seria outro. Ou melhor, os valores, porque teríamos valores de corrente diferentes a depender do ponto da trilha AD em que o terminal negativo da fonte E2 fosse ligado como já foi explicado (veja a fig.1).

E aí, São Tomé, no caso eu, resolveu montar o circuito e fazer as medições.

Na fig. 3 temos a medição da corrente com terminal negativo da fonte E1 ligado no ponto D (fig.1).

Fig. 3 – Medição da corrente na trilha AD com o negativo de E1 ligado em A.

Neste caso a resistência interna do miliamperímetro se soma a R2 e a corrente medida foi 133mA.

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