Um verdadeiro “rabo-quente” brasileiro?

Transformadores de FI “flattop”. Na edição de agosto de ANTENNA comentamos, brevemente, os transformadores de frequência intermediária tipo “Hi-Fi”, também conhecidos antigamente como transformadores flattop ou de curva com crista plana. Tais tipos de transformadores proporcionavam, além de boa seletividade e sensibilidade, também uma melhor sonoridade do sinal sintonizado.

No Brasil, um dos fabricantes de transformadores tipo flattop foi a Comar. Este tipo de transformador apresentava uma melhor reprodução das frequências graves e agudas presentes no sinal de AM. A resposta de passagem nesses transformadores é suficientemente larga para incluir as faixas laterais presentes no sinal.

Figura 8. A Comar, Indústria e Comércio de Artefatos de Rádio Ltda., localizada na Rua Frederico Alvarenga n.º 284, em São Paulo, foi uma das vanguardistas nacionais na produção de bobinas de alta qualidade e alto rendimento para rádios e televisores. Seus produtos foram adotados inclusive nos projetos dos primeiros receptores da Philips/Ibrape no Brasil.

Em alguns circuitos antigos, como o do Scott Philharmonic mencionado nesta edição, a passagem da faixa de frequências era continuamente variável, possibilitando qualidade sonora superior do sinal sintonizado, principalmente nos programas de conteúdo musical. Os receptores antigos que contavam com boa seletividade e banda passante com resposta de 10 kHz ou mais de largura eram chamados de “rádios Hi-Fi”.

2 comentários sobre “Um verdadeiro “rabo-quente” brasileiro?”

  1. Fausto Trentini23 de setembro de 2024 às 7:57 AMResponder

    Nossa, que nostalgia que bateu! Mexer em rádios e televisões valvuladas que funcionavam tanto em AC como em DC!

    1. Dante Efrom4 de outubro de 2024 às 9:34 AMResponder

      Gratos pela mensagem, colega Fausto. A retrônica está na moda, a pleno vapor. Aproveitamos para relembrar aos leitores que os aparelhos antigos tipo CA-CC, ou seja, sem transformador, apresentam risco de choques elétricos potencialmente perigosos. A lida nesse tipo de equipamento deve ser executada por pessoas treinadas e adotando os indispensáveis procedimento e equipamentos de segurança, entre os quais o transformador de isolação. Recomenda-se também a adoção de IDRs, interruptores diferenciais residuais na bancada de serviços ou na instalação domiciliar. Em breve falaremos deles em ANTENNA. Abraço, permaneça em contato!

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