Figura 2. O projeto original do conjunto Douglas 6C45, trazido para o Brasil. Aqui foi comercializado em duas versões. A versão 6C45-A era com transformador de força; a versão 6C45-B era tipo “rabo-quente”, com resistor de queda embutido no cabo de alimentação (v. esquema da figura 1). O resistor de carga de placa da seção tríodo da conversora 6K8 (pino 6), de 50.000 ohms, era reduzido para 20.000 ohms na operação com “rabo-quente”, em 110 V.
Figura 3. O verdadeiro “rabo-quente”: no Douglas 6C45 era um cordão com resistor de queda no valor de 180 ohms. O resistor era feito de fio espiralado de nicrome, com núcleo de barbante de amianto, coberto externamente com cadarço também de amianto. Ficava embutido no cabo de alimentação do aparelho. Em operação, o cabo se aquecia, o que deu origem ao apelido “rabo-quente”. Não confundir o verdadeiro rabo-quente com outros rádios sem transformador de força ─ um erro comum.
A versão “rabo-quente” do Douglas 6C45 era vendida por 188$000, ainda no padrão Mil-Réis. O alto-falante era com bobina de campo de 1.500 ohms. A versão com transformador era para funcionamento com tensão alternada de 120 V. A versão “rabo-quente” era para tensão alternada ou contínua de 110 V. No esquema original mostrado na figura 1 vê-se como devia ser ligado o resistor de queda do cabo de alimentação e como era a fonte de alimentação do receptor. Na lâmpada-piloto, de 6,3 V, é indispensável a ligação em paralelo de um resistor de 30 ohms, 10 W.
Nossa, que nostalgia que bateu! Mexer em rádios e televisões valvuladas que funcionavam tanto em AC como em DC!
Gratos pela mensagem, colega Fausto. A retrônica está na moda, a pleno vapor. Aproveitamos para relembrar aos leitores que os aparelhos antigos tipo CA-CC, ou seja, sem transformador, apresentam risco de choques elétricos potencialmente perigosos. A lida nesse tipo de equipamento deve ser executada por pessoas treinadas e adotando os indispensáveis procedimento e equipamentos de segurança, entre os quais o transformador de isolação. Recomenda-se também a adoção de IDRs, interruptores diferenciais residuais na bancada de serviços ou na instalação domiciliar. Em breve falaremos deles em ANTENNA. Abraço, permaneça em contato!