Um verdadeiro “rabo-quente” brasileiro?

Em ANTENNA, na mesma edição de setembro de 2023 já referida (link:  https://revistaantenna.com.br/setembro-2023/) foi publicado um artigo versando sobre zumbido e sobre a importância da boa execução das ligações de filamentos nos aparelhos valvulados, principalmente para evitar instabilidades e captação de ruídos. Em válvulas sensíveis de áudio, como a 12AX7, com os pinos conectados para alimentação com 6,3 V, a ligação de fio torcido ao pino 9 deve, preferivelmente, passar pelo centro do soquete ─ e não o circundar ─ para evitar um elo de captação de zumbido e/ou eventuais oscilações de áudio ou RF.

O pessoal especializado em circuitos de amplificadores de áudio de alta-fidelidade tem contribuído bastante para o aperfeiçoamento das técnicas de montagem de circuitos valvulados de elevado desempenho. Nós reparadores e restauradores podemos aprender muito com eles. 

Estude as fotos que publicamos em ANTENNA de montagens de amplificadores valvulados produzidos pela família Colvero. São montagens primorosas, com boas ideias sobre a maneira correta de se realizar a fiação de filamentos também nos receptores valvulados, ligações nos terminais dos soquetes, disposição dos componentes no chassi e conexões de massa. No grupo “Restaurando rádios antigos” também foram publicadas dicas sobre montagens, para evitar a captação de zumbidos e outros ruídos. Confira no link   https://www.facebook.com/groups/www.manorc.com.br/permalink/2193968114139867/.

Não se esqueça que em muitos circuitos antigos as ligações de grade  nas válvulas de audiofrequência, pré-amplificadoras elevadoras de tensão etc, principalmente as com grade no capacete, devem ser executadas com cabo blindado com malha metálica.

Outra observação importante: nos receptores sem transformador de força, com válvulas antigas de aquecimento direto, a linha de filamentos deve ser executada exatamente na ordem indicada no esquema de fábrica, para maior segurança no funcionamento, principalmente contra sobrecargas momentâneas quando o aparelho é ligado.

As conexões de filamentos são percorridas por correntes relativamente intensas. Este é o motivo pelo qual se recomendam fios torcidos: o campo eventualmente induzido por um condutor é anulado pelo outro.

Até a próxima, amigos! Mantenham contato, acompanhando ANTENNA ou pelo grupo “Restaurando Rádios Antigos”. Boas restaurações, boas sintonias ─ boas reparações no mundo da retrônica!

─ ─ ● ● ●    ● ● ● ─ ─

2 comentários sobre “Um verdadeiro “rabo-quente” brasileiro?”

  1. Fausto Trentini23 de setembro de 2024 às 7:57 AMResponder

    Nossa, que nostalgia que bateu! Mexer em rádios e televisões valvuladas que funcionavam tanto em AC como em DC!

    1. Dante Efrom4 de outubro de 2024 às 9:34 AMResponder

      Gratos pela mensagem, colega Fausto. A retrônica está na moda, a pleno vapor. Aproveitamos para relembrar aos leitores que os aparelhos antigos tipo CA-CC, ou seja, sem transformador, apresentam risco de choques elétricos potencialmente perigosos. A lida nesse tipo de equipamento deve ser executada por pessoas treinadas e adotando os indispensáveis procedimento e equipamentos de segurança, entre os quais o transformador de isolação. Recomenda-se também a adoção de IDRs, interruptores diferenciais residuais na bancada de serviços ou na instalação domiciliar. Em breve falaremos deles em ANTENNA. Abraço, permaneça em contato!

Deixe um comentário