Figura 10. Engenheiros da Comar, no início da década de 1950, discutindo detalhes da montagem de protótipos de novos transformadores de FI. A Comar notabilizou-se na produção de transformadores de FI tipo flat top, com curva de resposta plana no topo. A sua linha de indutores de FI era de alto “Q”, com elevada sensibilidade, seletividade e melhor sonoridade.
Em algumas marcas de super-heteródinos com FIs flattops a recomendação era, para se obter o máximo rendimento, fazer a sintonia da etapa de forma escalonada ou “desencontrada”. Seguir sempre o que está especificado no manual de serviço do receptor.
Geralmente os indutores de FI flattops devem ser aguçados de forma alternativa, ligeiramente abaixo e acima da sua frequência central de ressonância. Se a FI é de 455 kHz o primeiro ajuste no trimmer ou núcleo, de trás para a frente, é feito com o gerador em 450 kHz, por exemplo. O segundo enrolamento deve ser ajustado, em 460 kHz. O terceiro em 450 kHz. O quarto enrolamento em 460 kHz novamente. Com este tipo de alinhamento consegue-se uma faixa de passagem, na etapa de FI, de +- 10 kHz de largura, sem significativa perda no ganho.
A aferição do ajuste pode ser feita com o próprio gerador de sinais: varia-se lentamente o sinal de FI, acima e abaixo dos 455 kHz, observando-se os pontos laterais onde ocorre a maior deflexão do medidor ligado em paralelo com o alto-falante, como descrito na edição anterior de ANTENNA.
Aperfeiçoando as ligações de filamentos. Com conhecimento, componentes corretos e um bom projeto na mão era possível montar, antigamente, equipamentos valvulados caseiros com bom desempenho. Geralmente o chassi do aparelho já vinha com a furação pronta. Alguns modelos vinham até com desenhos (“chapeados”) mostrando a disposição das válvulas e demais peças.
Nossa, que nostalgia que bateu! Mexer em rádios e televisões valvuladas que funcionavam tanto em AC como em DC!
Gratos pela mensagem, colega Fausto. A retrônica está na moda, a pleno vapor. Aproveitamos para relembrar aos leitores que os aparelhos antigos tipo CA-CC, ou seja, sem transformador, apresentam risco de choques elétricos potencialmente perigosos. A lida nesse tipo de equipamento deve ser executada por pessoas treinadas e adotando os indispensáveis procedimento e equipamentos de segurança, entre os quais o transformador de isolação. Recomenda-se também a adoção de IDRs, interruptores diferenciais residuais na bancada de serviços ou na instalação domiciliar. Em breve falaremos deles em ANTENNA. Abraço, permaneça em contato!