Não vou entrar em detalhes nem estender o assunto, tendo em vista tratar-se aqui de um artigo prático, mas julgo ser pertinente mencionar que na análise de um aparelho, muitos ruídos têm a sua importância minimizada com a utilização da “Curva-A”.
Dentre tais estão aqueles provenientes de fontes chaveadas, circuitos digitais e da rede elétrica domiciliar. A atenuação destes, pela “Curva-A”, pode levar a leituras de uma “Relação Sinal/Ruído” aparentemente melhor que a observada quando o aparelho está em uso normal em uma sala de audições ou, naturalmente, quando a medição é efetuada sem a “Curva-A”.
É igualmente importante que o experimentador esteja ciente que, no mundo real, determinados ruídos fora da faixa audível são responsáveis por intermodulações que distorcem o sinal de áudio, tornando o som desagradável.
Por certo não devemos utilizar a curva de ponderação “A” para ocultar eventuais defeitos de algum aparelho – defeitos jamais devem ser ocultados. Mas, como uma ferramenta útil na comparação entre aparelhos comerciais e as montagens feitas pelo experimentador. Bem como durante o desenvolvimento de um projeto, por facilitar a comparação entre ruídos de diferentes componentes e configurações de um circuito.
A “Curva-A”, bem como qualquer outra curva de ponderação, deve ser utilizada com sabedoria.