– Mas não era assim no tempo dos cinescópios? Entregávamos um TRC esgotado e recebíamos um recondicionado, pagando o serviço!
– Vá sonhando, Toninho…
– E o tal de VerSys, não era hora de embarcar nessa?
– Teríamos de ter um banco de dados para que o sistema fizesse uma comparação. Não temos movimento para tal.
– E aí vamos formando mais uma pilha de sucata!
– Eu tenho tido algumas ideias…. Mas vamos terminar o café! Na oficina eu explico a coisa com detalhes.
– Hoje é terça-feira, dia do Zé Maria fechar a conta. Vamos logo que estou curioso!
Chegando à oficina, parece que o Toninho era o mais interessado, pois foi logo arrumando a bancada e trazendo algumas placas.
– Calma, Toninho! Não vou fazer nenhum milagre! Quero apenas expor as minhas teorias!
– Conte aí, Carlito!
– Pois é: Tenho certeza de que podemos recuperar algumas placas utilizando um princípio bem simples, tal como o VerSys, comparando o circuito defeituoso com um semelhante, que esteja em bom estado.
– E onde vamos arrumar uma placa em bom estado?
– Não vamos… Observei que em alguns casos temos o circuito bem debaixo de nossos olhos!
– Pirou de vez?
– Não, Toninho: Lembre-se dos amplificadores estéreo, em que temos dois canais semelhantes! Consertamos dezenas deles, simplesmente comparando o canal defeituoso com aquele que se encontra perfeito.
– Mas estamos falando de televisores… Nada a ver com estéreo!