O gerente da loja (Eletrônica Ultrasom) é atencioso e interessado, e sempre me disponibiliza um capacímetro para medir transistores, quando necessito de algum. Por conta das falsificações, dificilmente compro essas peças no comércio local, mas sempre peço para ver e medir. Recentemente adquiri por aqui mesmo os 2SA1943/C5200, bons, da CHIPSCE, localmente, em outra loja.
Perguntei então se ele tinha os transistores MJL21193 e MJL21194, e um equivalente do primeiro, o MJW21194, pois precisaria de alguns. A loja tinha os três, e então medimos as capacitâncias entre base e emissor. São os transistores da foto da primeira página. Havia dois lotes diferentes. O da esquerda, com a numeração menor, mediu, com o multímetro da loja, mais que 5nF, o que indicava ser um bom exemplar. O da esquerda, com a numeração maior, mediu em torno de 2,6nF, o que é bem abaixo do esperado mas pode indicar uma pastilha grande.
Resolvi, então, fazer o teste do imã e observei que os dois transistores não foram atraídos, ou seja, ou o “tab” do supostamente falso é de cobre ou de outro material não magnético, o que não seria comum em transistores falsos, de acordo com essa técnica.
Este é um daqueles casos em que o teste de capacitância pode suscitar alguma dúvida. Levei, então, duas unidades dos suspeitos para testes e comprei os de numeração pequena, além dos MJW21194, que também apresentaram capacitância elevada.
Submetidos ao testador de SOA, obtivemos os seguintes resultados:
O de capacitância menor, o da direita, colapsou com apenas 43V de tensão aplicada, e entrou em curto; o da esquerda suportou quase 1A a 80V, sem dificuldades. Vemos então que o “teste do imã” está sujeito a falhas. De qualquer forma, como auxílio, é útil.
E, reconhecendo gratuitamente o bom atendimento, para quem quiser adquirir esses transistores, a loja vende pelos Correios. Peçam para o gerente, Sr. Wellington, medir as capacitâncias antes de enviar. O contato, via WhatsApp, é o número 61-3244-7140.