Isso significa que, para sistemas residenciais, se as variações nos parâmetros dos amplificadores não forem significativas, elas não terão influência também significativa no desempenho geral do sistema, nesses aspectos. Ele será determinado, basicamente, por quão linear e bem feito é o sistema de caixas acústicas, suas ligações e também pelas características acústicas do ambiente em que elas se encontram.
Vejamos, agora, como se comporta a impedância de saída (Zi) em um amplificador moderno, transistorizado, com realimentação negativa, considerados os fabricados desde a década de 60.
Para isso, utilizamos como referências o Audio Amplifier Design Handbook, de Douglas Self, em sua 6ª edição, páginas 356 e 357 e Eletrônica, de Millman e Halkias, 2ª edição, capítulo 13.
Delas, podemos ver que a impedância de saída em malha fechada de amplificadores com realimentação de tensão, o tipo mais comum desde a década de 1960, no mercado, é dada pela sua impedância em malha aberta (Zol), na saída, e pela dessensibilização proporcionada por essa realimentação negativa aplicada ao estágio, na forma da seguinte relação:
Zi = Zol / D
Essa realimentação, em dB, é igual a -20*log(D).
Onde D é o fator de dessensibilização proporcionado pela realimentação, que é função do ganho do amplificador em malha aberta AV e do fator de transmissão reverso ẞ, que diz da proporção de quanto do sinal da saída realimentamos na entrada do amplificador, e é definido da seguinte forma:
D ≡ (1+ ẞ*AV)
Assim, por exemplo, uma realimentação negativa de 20dB aplicada a um amplificador o dessensibiliza em 10 vezes em relação à sua impedância de saída em malha aberta, quando aplicada, e fará que ela caia nessa proporção.