De uma forma geral, com a redução do preço dos capacitores, decorrente da evolução tecnológica, aumentar unidades de, digamos, 5.000µF para outras de 10.000µF na restauração de um A1 da Gradiente ou de um PA1800 da Cygnus, como é comum, não causará nenhum problema e poderá melhorar a performance objetiva dos amplificadores.
Não é algo caro de se fazer, hoje em dia, mas não melhorará o FA.
Um aspecto importante, e que pode ser observado, não só nestas medições, mas também nas análises dos equipamentos, divulgadas em Antenna, é que o correto dimensionamento da fonte de alimentação é muito importante para a boa performance do amplificador, particularmente quanto à sua capacidade de fornecer potência, seja de forma transitória ou contínua, especialmente com cargas reativas “mal comportadas”.
Como sugestão, deve-se procurar utilizar amplificadores capazes de suportar cargas com impedâncias menores que a nominal do sistema de caixas. Da curva de impedância mostrada anteriormente, vemos que um amplificador capaz de trabalhar em 4Ω não teria dificuldades de excitar adequadamente a caixa mostrada, cuja impedância nominal é de 8Ω, mas apresenta valores próximos a 4Ω, em certas frequências.
Para melhorar-se o FA, sem mudanças no projeto eletrônico, caso necessário, o que deve ser feito é a redução das resistências internas do circuito, particularmente no caminho da saída do sinal de áudio; fiação, contatos de relés, chaves de comutação etc.
Fios e cabos podem ser melhorados, dentro de limites razoáveis, pois a mudança de FA de, digamos, 100 para 120 pouco afeta o resultado final da cadeia de reprodução, consideradas as grandes variações existentes nos sonofletores e as resistências internas dos crossovers e conectores destes.
Se o leitor quiser investir em melhorias em seu amplificador, acredito que um transformador bem dimensionado pode trazer melhores resultados do que o aumento excessivo de capacitância de filtro da sua fonte.
Até a próxima!