A tensão da fonte manteve-se praticamente estável, o que resultou em uma potência máxima de quase 50W no protótipo. Isso representa um ganho de potência de aproximadamente 2dB, o que é perceptível, auditivamente.
Por fim, e por sugestão do professor Álvaro Neiva, resolvemos fazer um último teste, com sinais de 20Hz, ou seja, no limite da audição de frequências graves, e obtivemos os seguintes resultados:
Para C=3600µF, em 8Ω, a 10Vrms: FA=285
A potência máxima antes do ceifamento foi de 41W, e o FA, nesta condição, manteve-se em 285. A queda na fonte foi, novamente, de menos que 1%.
Para C=13600µF, em 8Ω, a 10Vrms: FA=278
Neste caso, a potência máxima antes do ceifamento foi de 44W, e o FA, nesta condição, foi de 280. A queda na fonte foi, também, de menos que 1%.
Assim, vemos novamente que, com cargas resistivas, o incremento da capacitância de filtro não mudou significativamente a capacidade do amplificador de entregar potência à carga e manteve praticamente inalterado o FA. O aumento de potência antes do ceifamento, nesta condição, foi de aproximadamente 0,3dB.
Isso decorre do projeto, com o uso adequado de realimentação negativa, reduzindo significativamente a sensibilidade do amplificador às variações na fonte, bem como pelo bom dimensionamento dos seus componentes e de sua montagem.
Conclusões
Com base neste experimento, podemos ver que o FA pouco variou com a mudança significativa da capacitância de filtragem da fonte do amplificador. Tampouco houve grande variação com a mudança do transformador.
Obviamente, a capacitância das fontes tem um limite mínimo para o bom funcionamento do amplificador, e isso deve ser calculado adequadamente para redução da ondulação na saída da fonte, em seu consumo máximo.
Amplificadores mais potentes necessitam de mais capacitância para manter a ondulação mais comportada e dentro de limites razoáveis. Mais capacitância ajuda nesse sentido, mas também tem limites, como mostrado acima.
Mais capacitância também pode ser útil para consumos de corrente maiores, com o uso de caixas de baixa impedância ou com variações significativas nesta, desde que o transformador consiga fornecer energia adequadamente para o conjunto e a ondulação e a regulação se mantenham satisfatórias.