A análise que irei apresentar neste artigo surgiu recentemente e é o resumo de uma pesquisa de quando estava a preparar aulas para o meu futuro curso on line Eletrônica Digital sem Mistérios.
O “futuro” deve ser ainda o mês de maio ou, talvez, junho, quem sabe, se o meu perfeccionismo capricorniano assim o permitir.
Após este “rápido intervalo comercial, que passa voando” como dizem na tv, vamos ao que interessa.
Um pouco de história das famílias de circuitos digitais
Quem já se dedica a reparos de televisores há algum tempo, mesmo ainda na Era dos Televisores de Tubo mais moderninhos com microcontrolador (não é microprocessador) e memória EEPROM, está acostumado a encontrar neles uma indispensável tensão de 5 volts.
Mas, de que cartola saiu este coelho, ou melhor, estes 5 volts?
Para responder a esta pergunta precisamos dar uma chegadinha no passado, ou mais precisamente lá pelo ano de 1962, quando a Texas Instruments lançou uma família de circuitos integrados digitais denominada TTL – Transistor Transistor Logic.
A família TTL iria reinar absoluta nos projetos digitais até 1968 quando a RCA apresentou a família CMOS cujos CIs fariam o mesmo que os TTL com uma vantagem, consumiam menos energia, mas como nem tudo é perfeito, os CMOS não conseguiam operar em velocidades tão altas como os seus “rivais” TTL. A principal diferença entre TTL e CMOS é que os primeiros são fabricados com transistores bipolares enquanto os outros utilizam MOSFETs.
Pouco a pouco, com a evolução da tecnologia dos semicondutores, TTL e CMOS foram melhorando suas performances e estão presentes, mesmo que camufladamente, até hoje em todos os projetos digitais.
*Professor de Matemática e Técnico em Eletrônica