
Figura 6. As conexões à massa no chassi preferivelmente devem ser soldadas diretamente na chapa, removendo-se tintas ou outros revestimentos, para que se garantam uniões eletricamente perfeitas e duráveis. Parafusos ou rebites não são recomendáveis como pontos de ligações de massa no chassi, principalmente se forem de metais dissimilares. Com o tempo a conexão apresentará oxidações que certamente prejudicarão a qualidade elétrica da união. Na foto vê-se uma conexão tipo “star ground”.
Destaque-se que há receptores que precisam de aterramento ou “fio-terra”. Não é o caso dos receptores chamados de “rabo-quente”, “duas correntes” ou CA/CC. No caso dos aparelhos sem transformador, como alertamos sempre, a ligação de fio-terra ao aparelho pode causar choques ou curtos-circuitos catastróficos.
Referimo-nos aos antigos receptores a pilhas e baterias. A conexão de receptor a pilhas e baterias a um bom aterramento quase sempre aumentará o rendimento do receptor, em especial em ondas curtas e com antenas eficientes.
Receptores a vibrador também poderão se beneficiar de aterramento, mas é preciso cautela: se forem do tipo com funcionamento a vibrador e tensão alternada, existe o perigo de o aterramento colocar em curto-circuito a alimentação do aparelho. A conexão do chassi a aterramento, neste caso, por segurança, deverá ser feita através de um capacitor de 0,25 µF (250 nF).
Nos receptores valvulados com transformador de força, a ligação de fio-terra poderá melhorar a eficiência de certos tipos de antenas externas utilizadas com o receptor. Há antenas que apresentam melhor desempenho se referenciadas a um “contrapeso” de terra eficiente.
Bons receptores, além disso, eram calibrados antigamente, em fábrica, conectados a antena e aterramento eficientes. A ligação de fio-terra, em qualquer caso, deve ser feita apropriadamente no receptor valvulado ─ e apenas se este tiver o terminal para aterramento. Não deve ser feita no chassi do aparelho.