Técnicas de montagens: o que podem nos ensinar os antigos

Blindagens nas válvulas. As válvulas com terminação tipo “G” (glass, de vidro), se existentes no circuito, deverão ser montadas com blindagens, especialmente se trabalham como conversoras ou como amplificadoras de frequência intermediária (FI). Quase sempre a válvula que trabalha como segunda detetora/amplificadora de áudio também necessita de blindagem. Válvulas tipo “GT” com base de baquelite, operando nos estágios mencionados, provavelmente exigirão, igualmente, blindagens. Válvulas com base metálica em vez de baquelite, terão ligação do culote metálico ao pino 1: não esqueça que, no soquete, este terminal deverá ser conectado à massa.

O chicote de ligação ao terminal de antena deve apresentar baixa capacitância e baixa indutância, do contrário pode acontecer perda na eficiência do circuito de entrada do receptor e até dificuldades, posteriormente, no rastreio. Não se recomenda fazer nós no condutor ou enrolá-lo como bobina. Nos receptores sem transformador de força, com um dos lados da rede de tensão alternada conectada diretamente ao chassi, por medida de segurança contra choques é indispensável intercalar um capacitor no chicote de antena. O valor do capacitor não deve ser superior a 0,01 µF (10 nF) e nem inferior a 0,005 µF (5 nF). A isolação deste capacitor deve suportar o pico da tensão aplicada.

O capacitor variável deve ser montado de forma “flutuante”. Siga as recomendações do fabricante. Geralmente o capacitor de sintonia era fornecido já com arruelas tipo copo e passadores de borracha. A correta montagem do capacitor variável evitará problemas de realimentação acústica no receptor, o famigerado “microfonismo”. As ligações correspondentes aos terminais do rotor (chapas móveis do capacitor variável), ao chassi, devem ser feitas com malha metálica, flexível. Não apertar as porcas da base em demasia, para que o capacitor não fique excessivamente rígido. O capacitor variável deve ficar montado de forma que o seu eixo ou o seu tambor não toquem no metal do mostrador. Na ilustração ao lado, figura 4, publicada em uma antiga ANTENNA, aparece a forma correta de como o capacitor variável deve ser instalado no chassi.

Não fixe o alto-falante no chassi, mas sim na parte frontal do gabinete. Isso evitará a transmissão das vibrações sonoras do cone diretamente às placas do capacitor variável ou às válvulas.

As ligações de grade da válvula de saída, dos potenciômetros de volume e tonalidade, fonocaptores etc. devem ser realizadas com cabo blindado e mantidas afastadas de linhas que conduzam tensões alternadas.

Deixe um comentário