
Figura 10. Soquetes tipo vector ou torre. À esquerda, estão versões europeias modernas, holandesas, utilizadas atualmente na montagem de amplificadores valvulados Hi-Fi. À direita um soquete antigo vector, americano, para válvulas de tipo octal, empregado em equipamentos profissionais de áudio e radiocomunicações.
Os soquetes tipo torre ou vector eram muito práticos para uso nas partes dos circuitos onde havia grande concentração de componentes. Outra vantagem é que permitiam que partes do circuito fossem executadas previamente.
A fotografia da figura 9 mostra alguns módulos que construíamos antigamente em nossa oficina, para utilização nas montagens de receptores e amplificadores. O acesso aos componentes ficava facilitado nas manutenções, principalmente onde, pelo circuito do aparelho, ocorreria maior adensamento de componentes no chassi.
A base tipo torre era construída com terminais com ilhoses, fixados em disco de fenolite. A fixação no suporte central do soquete da válvula era através da soldagem de um pino estanhado de 5 cm de comprimento, isolado. Os componentes do módulo eram soldados radialmente. Com isso o bloco ficava pronto para ser instalado no equipamento.
O uso mais comum dos soquetes tipo torre ou vector era em estágios amplificadores de áudio, redes equalizadoras, pré-amplificadores etc. As ligações de filamentos eram feitas diretamente nos terminais correspondentes do soquete da válvula, com fio rígido torcido.
Casos de oficina: o capacitor “língua de sogra”.
Intervalo para o humor: espaireçamos um pouco. Aconteceu com o nosso colega Daltro D’Arisbo, grande restaurador, colecionador de rádios antigos, leitor e colaborador emérito de ANTENNA. Contou-nos ele um caso de oficina interessante. Já ouviram falar do capacitor tipo “língua de sogra”?