Este artigo é a parte II do que foi publicado na edição de outubro de 2023 (Sensor de efeito HALL, você sabe o que é?) e que eu estava a dever aos leitores.
Agora irei, finalmente, tratar de uma aplicação prática de um sensor de efeito Hall, que será a construção de um tacômetro para atender a um pedido do meu amigo, Prof. Cesar Bastos.
Você deve ter notado que no título apareceu uma palavrinha nova, “Arduino”, que para alguns leitores pode soar estranha, outros podem ter ouvido o “galo cantar”, mas não sabem onde está o galinheiro.
Antes de tratar do “senhor Arduino” vale a pena explicar para que o meu amigo queria um tacômetro.
Um dos hobbies do Prof. Cesar Bastos é o slotcar, ou “autorama de adulto”, e essa turma de crianças grandes é cheia de detalhes com os seus filhinhos, digo, carrinhos de corrida. Dentre estes detalhes está o interesse em saber quantas RPM os motores fornecem e é para isso para isso que serve um tacômetro.
O Arduino em minha vida
Numa manhã, do início de 2009, recebi um telefonema de Alexandre Brautigam, dizendo que eu havia sido indicado pelo professor Cesar e perguntando se eu poderia fazer a instalação de alguns sensores de presença para uma instalação de arte na Caixa Cultural aqui no Rio de Janeiro, chamada Sereia Lab. Os sensores estariam ligados a uma “plaquinha” que produziria sons aleatórios gerados por um programa no computador.
Não entendi bem o que era, mas cai no canto da sereia (rsrsrs) e fui conversar pessoalmente para tentar entender melhor do que se tratava.
Para encurtar a conversa, lá chegando, fui apresentado a um jovem, Ricardo Palmieri, que me explicou, da maneira menos didática possível, que a tal plaquinha que ele chamava de Arduino seria programada para enviar sinais de 5V que deveriam acionar os sensores de presença que funcionavam com 127V e é aí que o “bicho pegava” porque ele não sabia como fazer isso.
*Professor de Matemática e Técnico em Eletrônica