Praticamente todos os subwoofers do mercado têm três controles básicos além da chave liga-desliga: volume, frequência de cross-over e fase. A frequência do cross-over deve ser ajustada para o ponto onde as caixas frontais deixam de responder, para obter o melhor casamento no sistema. Em caso de uso da saída LFE (ou SUB) de um receiver, o ajuste de cross-over deve ficar no máximo, se ao produto não tiver uma chave LFE que elimina o filtro do sistema. Neste caso, o gerenciamento de graves pode ser feito pelo processamento digital do receiver, e dependendo do modelo do receiver, as opções podem ser diversas. O ajuste de fase permite obter o melhor casamento possível do subwoofer com o sistema, evitando o cancelamento de graves por inversão de fase. A escolha da posição da chave de fase tem de ser feita experimentalmente. Um requinte adicional é um ajuste de fase contínuo de 0 a 360 graus, que permite um ajuste contínuo e mais preciso da fase. Mas esse é um recurso adicional que só poucos subwoofers do mercado possuem.
Subwoofers são produtos que muitas vezes os esquecemos de desligar e uma funcionalidade adicional que tem muito valor é o sistema Auto-On, onde o subwoofer liga sozinho com a chegada do sinal de áudio e desliga quando o sinal termina ou então após um período de tempo sem sinal. Um controle adicional é o modo de ligação do subwoofer, com as posições Auto-On ou sempre ligado, ou mesmo uma entrada de trigger externo para que o produto seja comandado por outro equipamento, seja este de áudio ou automação. Outros recursos, menos vistos nos subwoofers, são entradas de alto nível para ligação em sistemas que não possuem saída RCA para a conexão, permitindo a ligação em paralelo com as caixas acústicas (utilizado basicamente em sistemas estéreo), saídas by-pass e entradas e saídas balanceadas, equalização ajustável e filtro subsônico comutável ou ajustável.
Alguns subwoofers possuem também o ajuste automático de resposta no ambiente, porém este acaba não sendo muito utilizado pelo consumidor, pois a maioria dos receivers possui um ajuste similar que faz a calibração com todas as caixas. Acaba sendo esquecido e considerado redundante pelo usuário. Mas, na realidade estes ajustes se complementam, pois o utilizado no subwoofer permite o ajuste fino da resposta em baixas frequências, o que o receiver acaba não fazendo. O receiver vai basicamente somente ajustar o nível do subwoofer em relação às outras caixas. Mas a confusão entre eles e a complexidade de rodar dois ajustes de resposta seguidos faz com que a maioria dos usuários só use o ajuste automático do receiver e considere que o resultado já está bom dessa forma. Continuamos o assunto no mês que vem. Até lá.