O que é o efeito Hall?
Em 1820, o físico e químico dinamarquês Hans Christian ØRSTED demostrou, em linha gerais, que uma corrente elétrica passando por um condutor produzia um campo magnético ao seu redor.
Esta descoberta propiciou, entre outras aplicações, a construção do galvanômetro, que é a base de todo multímetro analógico.
Quase 60 anos mais tarde, em 1879, o estadunidense Edwin Herbert HALL, descobriu, durante a preparação de experimentos para o seu doutorado na Universidade Johns Hopkins, o que poderia ser um efeito “contrário” a descoberta de Oersted, ou seja, a presença de um campo magnético próximo a um condutor produziria uma ddp em suas extremidades.
Em última análise, corrente elétrica e magnetismo “tudo junto e misturado”.
A experiência de Hall
A fig. 2, obtida no boletim da Lenkurt, ilustra a experiência que foi denominada, como justa homenagem, de Efeito Hall.
Fig. 2 – Ilustração da experiência de Hall – Fonte El Demodulador abril/1961
Até então a experiência de Hall era apenas de interesse teórico e só podia ser reproduzida em laboratório sem mostrar uma aplicação prática imediata, pois a tensão produzida nas extremidades do condutor (fina lâmina de ouro) era da ordem de 1 microvolt e ainda não se dispunha de amplificadores.
Mas é assim que tudo começa em ciência, com uma intuição de alguém e que, mais tarde, encontrará inúmeras aplicações práticas.