Resistores Não Ôhmicos – Você Sabe O Que São?

Sei que muita gente começa suar frio ao ouvir a palavra matemática, mas continue comigo que vou lhe mostrar que o “coisa” ruim, no caso a matemática, não é tão feio como pintam se for ensinada de forma correta.

Uma das “cláusulas pétreas” da Eletricidade, a Lei de Ohm, relaciona três grandezas físicas: tensão, ou voltagem, corrente e resistência.

O senhor Ohm demonstrou experimentalmente que a corrente passando em um condutor é diretamente proporcional a tensão aplicada a este condutor se a temperatura for mantida constante.

Vamos destrinchar alguns termos do parágrafo acima, dentro daquela ideia mencionada lá no início da importância do vocabulário, e você vai entender, e não apenas decorar, a Lei de Ohm.

Primeiro, vejamos por que grifamos experimentalmente e aqui entra a diferença entre Lei e Teorema.

Uma Lei, do ponto de vista da física, da química, da biologia ou qualquer outra ciência, estabelece que um resultado se mostrou sempre o mesmo num determinado número finito de vezes que a experiência foi realizada, mas não garante que “um dia” poderá falhar.

Estamos preparando o terreno para apresentar o conceito de resistor NÃO ôhmico como veremos mais adiante.

O teorema, por outra lado, prova definitivamente que aquele resultado SEMPRE irá ocorrer.

Voltando ao enunciado da Lei de Ohm, a expressão diretamente proporcional significa, grosso modo, que quando uma grandeza aumenta, no caso a tensão, a outra, ou seja, a corrente, também aumenta proporcionalmente e vice-versa.

Trocando em miúdos, se a tensão aumenta três vezes, por exemplo, a corrente também aumentará três vezes, para o mesmo condutor submetido à mesma temperatura.

Em última análise, fugindo um pouco do rigor das definições matemáticas, é isso que significa que uma grandeza é diretamente proporcional a outra.