Rádios valvulados antigos captavam melhor as ondas curtas?

Figura 3. As elevadas sensibilidades (≤ 1µV, S/N 6 dB, em AM nas faixas de ondas curtas) e seletividades, com excelente rendimento na captação de sinais fracos, além de recursos como capacitores variáveis de precisão, com rolamentos de esferas e mecanismo micrométrico de sintonia (à direita), fizeram os receptores HRO da National ser copiados pelos alemães (Siemens) e pelos japoneses durante a Segunda Guerra. Na foto da esquerda um engenheiro da National compara o desempenho de uma cópia alemã com o receptor original HRO da National. Fotos: reproduções National/Radio Boulevard/Henry Rogers / https://www.radioblvd.com/national_hro_part1.htm .

O essímetro dos receptores. A escala “S” era e é usada ainda hoje nos rádios de comunicações para indicar a intensidade do sinal recebido. Nas unidades “S” dos essímetros dos receptores, de S1 a S9 cada unidade “S” representa aproximadamente um aumento de 6 dB na intensidade do sinal. O nível S9 corresponde a um sinal na entrada do receptor (impedância de 50 ohms) de 50 µV. Após o valor de S9 os incrementos são em 10 dB: S9 + 10 dB, S9 + 20 dB, S9 + 30 dB etc.

Figura 4. “Quem não tem cão, caça com gato”, reza a expressão popular. Não possuindo receptores comerciais de elevado desempenho, antigamente muitos montadores buscavam construir seus próprios receptores valvulados, sensíveis, utilizando kits de bobinas nacionais como Douglas, Tiple, Comar ou Unda, por exemplo, em conjunto com transformadores de FI de alto rendimento. Com antenas externas apropriadas e montagens caprichadas, tais equipamentos eram capazes de proporcionar bom funcionamento na recepção, com ótimas “figurinhas” de DX, sintonia de sinais de estações distantes. Na foto, alguns cartões-QSL de estações que tinham serviços internacionais em ondas curtas. A revista ANTENNA publicou, já no final da década de 40, projetos de receptores valvulados capazes de proporcionar grande sensibilidade (abaixo até de 2 µV) para a captação de sinais débeis.

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