O circuito era montado em um painel que poderia ser aberto girando-se um pequeno trinco, dando acesso ao conjunto eletrônico. Em termos de design não era assim tão inovador, mas, mesmo assim, tinha uma personalidade inconfundível.
A temida catacumba!
Os circuitos super-heteródinos da RCA eram um tremendo segredo industrial. Tanto isso é verdade que até hoje é difícil encontrar uma literatura que traga os valores exatos dos componentes do aparelho. Então, Sarnoff e seus engenheiros resolveram, literalmente, “sepultar” todo conjunto eletrônico em uma caixa metálica, cheia de rosina[3] derretida, o que dificultava o acesso às entranhas do circuito. Essa caixa ainda recebia dois lacres de chumbo com o logo da RCA, impedindo violações. Essa caixa recebeu o apelido de catacomb (catacumba).
Aspecto do circuito fora da catacumba e com os transformadores reenrolados.
___________________
[3] Rosina (e não resina) é uma substância de origem vegetal, derivada de algumas espécies de pinho, que é dura em temperatura ambiente e possui quase o mesmo ponto de fusão da parafina, sendo frequentemente confundida com ela.