Projeto de Pré-Amplificadores RIAA – Parte XXIV

Mesmo assim, feito o aterramento do toca-discos ao chassis metálico, junto aos conectores de  entrada, que ficam flutuantes, sem conexão direta ao chassis, mas ligados para RF ao ponto de aterramento através de capacitores cerâmicos de 10nF por 500V, não se ouviu, mesmo à noite, nenhum sinal de “hum” (60Hz) ou harmônicos, nem vestígios de interferência de RF.

O mesmo ponto de aterramento foi usado para a fonte de alimentação, cujo 0V foi ligado ao chassis através de um resistor de 100Ω em paralelo com um capacitor cerâmico de 10nF.

A importância desse arranjo ficou clara, quando o parafuso de aterramento usado afrouxou e surgiram tanto “hum” (60Hz da rede elétrica e 120Hz, da retificação em onda completa) quanto “buzz” (harmônicos dessas frequências)!

A continuidade elétrica de todas as superfícies da caixa chassis também se mostrou fundamental, necessitando de cuidadoso aperto de todos os parafusos que prendiam os painéis e tampas para evitar resíduos de “hum” e “buzz”…, mas, uma vez todos os parafusos estando apertados, nenhum ruído elétrico perceptível permaneceu.

O offset na saída ficou em 0.000V e -0.001V (-1mV).

No gráfico a seguir, na próxima página, temos a Distorção Harmônica Total a 1kHz com 300mVrms (valor de saída típico para cápsulas com saída de 5mVrms @ 1kHz), mostrada na figura 6.

Ainda não vamos fixar o valor da relação sinal a ruído porque ela está muito ligada à forma de montar o circuito, à arrumação da montagem interna da placa de circuito, ao transformador usado e sua posição na caixa chassis em relação à placa do pré-amplificador.

Por isso vamos deixar essa especificação para quando tivermos o transformador definitivo.

Espero que já seja possível fazer isso na próxima edição.

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