Vamos observar com mais atenção a região subsônica (0,5Hz a 15Hz):
Fig. 4
A resposta nessa região vai ser influenciada por C13 na saída, e C1, C2, C10 e C11, na realimentação dos estágios amplificadores.
C1 e C2 definem a frequência de corte inferior para o ganho do primeiro estágio, com queda de 3dB a 2Hz, já C10 e C11 definem a frequência de corte inferior do segundo estágio, com queda de 3dB a 1Hz ambas com atenuação de 6dB/oitava a partir dessas frequências. O uso de capacitores eletrolíticos se faz necessário devido ao seu alto valor, mas justamente por seu alto valor e baixa impedância, a tensão de sinal sobre eles é muito pequena em toda a faixa de áudio, evitando o aparecimento de distorção harmônica. Coloquei um capacitor de filme metálico em paralelo para compensar o aumento de impedância dos eletrolíticos em frequências altas.
C13 cria uma frequência de corte inferior a -3dB de 6Hz, para impedância de carga de até 10k. Isso gera um erro de 0,3dB a 20Hz.
No extremo oposto, C7, C8, C9 são responsáveis pela resposta acima de 2kHz no circuito equalizador e C3 e C12 fazem um ajuste fino em 20kHz, nos estágios de amplificação. Não usei, mas pode ser usado, um capacitor em paralelo com a entrada com uns 100pF para ajustar a resposta de alta e obter rejeição de RF logo na entrada. Mas o valor dependerá de cada cápsula.
Como a resposta RIAA é realizada por uma rede passiva, que só tem atenuação, o ganho total das duas etapas tem que igualar o ganho máximo necessário a 20Hz, ou aproximadamente 60dB.
Adotei em primeira aproximação um ganho de 33dB para a primeira etapa e 27dB para a segunda.
Isso parece permitir, do ponto de vista do primeiro estágio, pelo menos, uma entrada máxima de 100 mVrms sem distorção a 1kHz. Isso estaria de acordo com os limites (extremos) determinados na pesquisa apresentada na ref. [2].